BM8 - InterMetal
ENTREVISTA 14 • Flexibilidade As pessoas são o recurso com maior flexibilidade no processo produtivo e os cobots podem criar sinergias com os operários libertando-os assim de tarefas peri- gosas e/ou repetitivas. Ao aproveitar as mais valias do operário, como a flexi- bilidade ou a capacidade de resolução de incidentes, e as mais valias oferecidas pela robótica como a pre- cisão, a repetibilidade ou a capacidade de trabalho 24/7, é possível apostar num processo de fabricação modular e flexível. • Segurança A segurança das pessoas é uma das prioridades da robótica colaborativa industrial, os cobots são proje- tados para operar com segurança ao lado das pessoas e sem a necessidade de cercas de segurança. Alguns fabricantes de robôs oferecem também funcionalida- des de segurança adicionais. • Poupança de espaço de trabalho Graças ao sistema de segurança, os cobots podem tra- balhar lado a lado com as pessoas, quando alguém toca no robô este para de forma a evitar qualquer acidente. Assim, as áreas de segurança, que até ao momento eram delimitadas por barreiras de segurança, são elimina- das e as fábricas podem minimizar o espaço utilizado. • Retenção dos colaboradores e aumento do nível de satisfação Os cobots são projetados para trabalhar com as pes- soas, não para as substituir. Consideramos que são uma ferramenta capaz de aumentar a eficiência e a eficácia da produção tendo como base o trabalho partilhado entre o operário e o robô. De que forma pode a robótica colaborativa contri- buir para a recuperação económica pós-pandemia? Este tipo de robôs, devido às características e vanta- gens que apresenta, pode ser utilizado em inúmeras tarefas quotidianas em qualquer fábrica, tornando-se uma parte indispensável da força de trabalho e, ao mesmo tempo, pode ajudar a evitar o contacto direto entre as pessoas, contribuindo assim também na luta contra o vírus. Quais considera que são os principais desafios a que os fabricantes de soluções de automação vão ter de dar resposta no futuro próximo? Em primeiro lugar, e devido à expectável crise econó- mica e financeira que se aproxima, não tendo a maior parte das empresas capital disponível para investir, o principal desafio será conseguir justificar o investimento com um ‘payback’ que seja admissível. Normalmente as empresas esperam por um retorno do investimento ou amortização de um a dois anos o que poderá invia- bilizar o investimento. Para além disso, fatores como a simplificação dos pro- cessos de integração entre os robôs e CNC/Máquinas, minimização dos tempos de inatividade, segurança, facilidade de utilização, serão fatores tidos em maior consideração. A robótica não deverá ser vista como o futuro, mas sim como o presente! n
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