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Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Barbosa du Bocage, 87 4º Piso, Gabinete nº 4 1050 - 030 Lisboa (Portugal) Telefone (+351) 217 615 724 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Nova Àgora Grup, S.L. (100%) Diretora Luísa Santos Equipa Editorial Luísa Santos, Esther Güell, Nerea Gorriti www.intermetal.pt Preço de cada exemplar 10 € (IVA incl.) Assinatura anual 40 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127299 Déposito Legal 455413/19 Distribuição total +4.100 envios. Distribuição digital a +3.400 profissionais. Tiragem +700 cópias em papel Edição Número 15 – Outubro de 2022 Estatuto Editorial disponível em https://www.intermetal.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Gráficas Andalusí, S.L. Camino Nuevo de Peligros, s/n - Pol. Zárate 18210 Peligros - Granada (España) www.graficasandalusi.com Membro Ativo: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da InterMETAL adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. SUMÁRIO ATUALIDADE 6 EDITORIAL 7 Entrevista com Teixeira Bicho, gerente da Sucursal Portuguesa da Fagor Automation 12 Maquinação sustentável: para as empresas, os trabalhadores e o planeta 16 Centros de maquinação para a indústria de moldes: exigência e inovação são as palavras de ordem 20 Como aumentar a precisão do processo de injeção a partir da simulação de fluxo de material 26 Nova função do software CAD/CAM hyperMILL para o fabrico de moldes e ferramentas 28 Zoller amplia a sua gama de produtos 32 Bosch e Universidade de Aveiro apresentam primeiros resultados do projeto de inovação na indústria 4.0 36 Projeto Fraunhofer ML4P melhora a eficiência do fabrico industrial 40 Os custos ocultos da fabricação 44 Nova impressora da HP promete revolucionar a produção em massa de peças metálicas 48 O fabrico aditivo ao serviço dos fabricantes de bicicletas 52 Tecnologia de flocos de zinco à base de água na produção em série de componentes de chassis de automóveis de passageiros 56 Os novos desafios da indústria metalúrgica e metalomecânica e os benefícios da integração ERP/CAD 62 Eplan eStock: novo sistema de gestão de dispositivos baseado na nuvem 66 Amada traz maior precisão e flexibilidade ao mercado das quinadoras de média gama 72 Ferramentas digitais de monitorização da lubrificação 73

6 MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ATUALIDADE Preço da energia afeta o desempenho da metalurgia na Europa O setor apresenta um risco elevado ou muito elevado em Espanha, no Brasil, China, Coreia do Sul, Japão, México, Portugal, Singapura, Taiwan, Tailândia e Turquia. Após um forte crescimento em 2021, a Crédito y Caución prevê que o mercado mundial de metais atravesse um período de abrandamento em 2022 e 2023. De acordo com o recente relatório divulgado pela seguradora de crédito, o impacto da invasão russa da Ucrânia está a afetar negativamente o desempenho do setor na Europa. Nos mercados avançados, as empresas metalúrgicas e siderúrgicas beneficiaram da forte procura acumulada e da acentuada subida dos preços dos metais em 2021 e princípios de 2022. Isto traduziu-se emmargens acrescidas e numa maior resistência financeira. Além disso, a redução parcial das tarifas alfandegárias para as importações de alumínio e aço por parte dos Estados Unidos apoiou a produção e as exportações da União Europeia. Um terceiro motor para o recente crescimento do setor foram os estímulos fiscais que apoiaram a procura de metais e de aço em mercados chave como os Estados Unidos e a China. Contudo, o setor enfrenta alguns riscos de baixa a curto prazo. O principal é a invasão russa da Ucrânia. Uma guerra mais prolongada afetará negativamente o rendimento do setor na Europa até 2023, na medida em que os elevados preços da energia continuarão a pesar sobre a produção metalúrgica e siderúrgica, enquanto o pior desempenho económico de muitos países tem impacto sobre a procura dos principais setores compradores. Um segundo fator desestabilizador passa pelos problemas na cadeia de fornecimento. A procura de metais e de aço poderia aumentar se os constrangimentos na cadeia de fornecimento afetassem as indústrias compradoras chave, como o setor automóvel ou a construção. Além disso, o endurecimento progressivo da política monetária poderá debilitar ainda mais os gastos dos consumidores e os investimentos em setores como a construção, a engenharia ou o setor automóvel. O setor metalúrgico e a siderurgia apresentam um risco elevado e muito elevado em Espanha, no Brasil, China, Coreia do Sul, Japão, México, Portugal, Singapura, Taiwan, Tailândia e Turquia. Apenas Itália e Suécia apresentam um risco baixo ou muito baixo. O risco situa-se em níveis moderados na Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, EUA, França, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa e Suíça. Mewa renova nova imagem corporativa Com um design moderno e inovador, a nova imagem corporativa da empresa de serviços têxteis Mewa foi criada com base na sua identidade e com orientação para um futuro sustentável. A Mewa é atualmente a terceira maior prestadora de serviços têxteis da Europa. Pioneira na economia circular com o seu sistema de ‘textilsharing’ para fábricas e oficinas, a empresa renovou este ano a sua identidade de marca. O reconhecido logótipo, da marca a flor, foi reduzido ao essencial para fortalecer o simbolismo dos valores que representa: pureza e higiene, mas também ambiente, sustentabilidade, desenvolvimento, crescimento e inovação. No novo lettering, de tipografia mista, as letras 'M' e 'W' lembram fios de tecelagem, numa ligação clara aos têxteis que caracterizam a empresa. O abandono das maiúsculas significa que o nome ‘Mewa’ passa a ser assumido como marca e não apenas como abreviatura. “As letras maiúsculas eram a sigla do nome que o nosso fundador Hermann Gebauer deu à empresa em 1908: MEchanische Weberei Altstadt”, explica Maricel Huguet, diretora-geral da Mewa Portugal e Espanha. Dos 100 milhões de panos que a Mewa produz por ano, 30 milhões já têm a nova imagem. Os panos serão gradualmente substituídos de forma a poupar recursos, já que no Textilsharing – usar em conjunto sem possuir – cada pano de limpeza pode ser usado muitas vezes e lavado pela Mewa até 50 vezes. A nova imagem já está refletida nos novos websites da marca, bem como no estádio de futebol Mewa Arena.

7 Contagem decrescente para a EMO Hannover 2023 Após um intervalo de quatro anos, a feira internacional dedicada às tecnologias de fabricação voltará a realizar-se de 18 a 23 de setembro de 2023. Totalmente renovada no conceito, slogan, área de exposição e temas-chave, a EMO Hannover promete trazer uma lufada de ar fresco à indústria. "Trabalhámos muito nas últimas semanas e meses para ‘desenhar’ a próxima edição da feira, tendo em conta as circunstâncias da pandemia", afirma o curador geral da EMO, Carl Martin Welcker. "A equipa da VDW (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas-Ferramenta), organizadora da EMO, está muito feliz por finalmente estarmos a voltar ao bom caminho e por poderem colocar em prática tantas ideias". O slogan da EMO 2023 é 'Innovate Manufacturing', dirigido à indústria, expositores e visitantes e à própria feira. "Todos enfrentamos grandes desafios e devemos reinventar-nos constantemente se quisermos sobreviver na competição internacional", explicam os organizadores. Futuro dos Negócios, Futuro da Conectividade e Futuro da Sustentabilidade na Produção - são três campos que atualmente dominam o debate empresarial, político e social na maioria dos países industrializados. A tecnologia de produção está a ajudar a propor soluções nos três campos e a EMO Hannover irá mostrar como lá chegar. EDITORIAL Apesar de ainda serem consideradas caras, as tecnologias de fabrico aditivo industrial oferecem vantagens incontornáveis, como a possibilidade de produção à medida de peças complexas com poupança de material, ferramentas, tempo e energia. Estas razões justificam a crescente adoção destas tecnologias por parte de um grande número de indústrias, onde se inclui a metalomecânica. Depois de quatro anos de espera, a HP lançou finalmente o seu primeiro sistema para impressão de metais, com capacidade para escalar a produção em massa de peças de elevada qualidade. Não será, certamente, para todas as aplicações, mas muito do que era complicado fazer pelos métodos tradicionais, mais cedo ou mais tarde vai passar a ser produzido pelo processo aditivo. Na indústria de moldes, por exemplo, o fabrico aditivo revelou-se um importante aliado, ao permitir fabricar peças complexas como os canais de refrigeração do molde, essenciais para o arrefecimento eficaz do mesmo no final do ciclo de injeção. Em Portugal, em 2021, a Erofio foi selecionada pela GE Additive, um dos principais players neste mercado, para testar o mais recente equipamento da marca. Em pouco mais de três meses, a empresa portuguesa imprimiu com sucesso a primeira peça: um núcleo de molde com mais de oito canais de refrigeração conformados internos independentes, com cinco a oito milímetros de diâmetro, que se estendem ao longo de mais de oito metros de comprimento. Não há dúvida que este setor nacional tem sido pioneiro em muitos aspetos, o que faz dele um dos mais avançados, tanto em tecnologia instalada como em capacidade de inovação. Isso mesmo atesta Teixeira Bicho na entrevista que reproduzimos nesta edição. O responsável pela Sucursal Portuguesa da Fagor Automation acompanha esta indústria há mais de 25 anos e lembra a “fantástica” evolução do setor que, inclusive, impulsionou outros, como o dos fabricantes de máquinas-ferramenta. Na InterMetal, continuaremos a acompanhar esta indústria, veiculando as principais novidades em soluções desenhadas para facilitar a vida dos fabricantes. Esta edição vai estar em distribuição nas feiras Moldplas, 3D Additive Expo, i4.0 Expo e Subcontratação, que decorrem em simultâneo de 9 a 12 de novembro, na Exposalão, Batalha. Passe pelo stand 1A16 e leve o seu exemplar gratuito. Até lá! Fabrico aditivo: uma revolução na indústria metalomecânica?

8 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER EMAF 2023 já tem datas A Exponor anunciou que a 19ª edição da EMAF - Feira Internacional de máquinas, equipamentos e serviços para a indústria -, deverá realizar-se entre 31 de maio e 3 de junho do próximo ano. Mais informações em https://emaf. exponor.pt/. Comissão Europeia lança consulta pública sobre a cadeia de valor dos semicondutores A Agência Nacional de Inovação (ANI) divulgou que a Comissão Europeia, em coordenação com os Estados-Membros, abriu uma consulta pública sobre a cadeia de valor dos semicondutores. A iniciativa visa identificar potenciais indicadores de alerta, de forma a prevenir futuras crises de abastecimento. Os semicondutores são essenciais para o funcionamento da nossa economia e sociedade. Ao longo dos anos, a União Europeia tem assistido a perturbações sem precedentes no seu abastecimento que implicaram sérios atrasos e efeitos negativos em setores económicos importantes, incluindo atrasos na reparação e manutenção de produtos essenciais para setores críticos. Em resposta a esta problemática, no início do ano, a CE publicou uma recomendação para permitir a monitorização rápida e coordenada da cadeia de valor dos semicondutores europeus, centrando-se nos riscos que podem perturbar, comprometer ou afetar negativamente o seu fornecimento. Este controlo pretende preparar e permitir o mecanismo permanente de monitorização desta cadeia, proposto ao abrigo da Lei dos Chips. A consulta pública em vigor consiste em dois inquéritos, um para os fornecedores e outro para os utilizadores finais de semicondutores, que estarão abertos até dia 11 de novembro. Mais detalhes em www.ani.pt 3DZ inaugura sucursal em Portugal A empresa italiana 3DZ, especialista em impressão 3D e fabrico aditivo, pioneira na distribuição desta tecnologia na Europa, abriu recentemente uma sucursal em Portugal, com escritório em Lisboa e no Porto. Commais de 15 anos de existência, a 3DZ começou a comercializar equipamentos de impressão 3D e fabrico aditivo em 2016. Atualmente, representa marcas como a 3D Systems, Nexa 3D, Artec 3D ou Markforged. EmPortugal, a empresa encontrou umparceiro comercial commais de 30 anos de história: a Norcam, especialista emsoftware industrial e impressão 3D. A apresentação oficial da 3DZ Portugal está marcada para a Moldplas, que irá decorrer na Batalha, entre 9 e 12 de novembro. Equipa da 3DZ.

9 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Fagor Automation - Portugal Rua Gonçalves Zarco nº 1129-B-2º - Salas 210/212/214 4450-685 LEÇA DA PALMEIRA | Tel.: +(351) 22 996 88 65 fagorautomation@fagorautomation.pt Solução de Automação. O principal fornecedor para produtos de automação Tudo em um Sistemas CNC Sistemas de captação Series 3 Connected. Robust. Precise Digital Suite NOVO Apoio no processo de digitalização da sua fábrica Para utilizadores que procuram indicadores (KPI´s), que permitammelhorar a disponibilidade e e ciência da máquina Para fabricantes que gerem as suas máquinas e fornecem novos serviços, nas mesmas Construção metálica portuguesa bate recorde de exportações As exportações portuguesas de construção metálica somaram 2.3 mil milhões de euros em 2021, o que traduz um crescimento de 37% face ao ano anterior. O anúncio foi feito pela Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista (CMM) no seminário do projeto 'Portugal Steel', realizado durante a Concreta, na Exponor. O presidente da CMM, Luís Simões da Silva, referiu que “os números do setor da Construção Metálica de 2016 a 2020 demonstram a evolução continua deste setor com crescimentos médios do VN de cerca de 5% ao ano e do volume de exportações de cerca de 1,5% ao ano. O ano de 2021 apresentou valores históricos, com crescimento de 30% do VN e 37% das exportações em relação ao ano anterior. Estes dados demonstram a capacidade, o dinamismo e a resiliência do setor em enfrentar e ultrapassar os constantes desafios que a conjuntura internacional lhe tem colocado”. Baterias elétricas na Europa Um grupo de profissionais e académicos reuniu-se em Paris a 6 de outubro para oficializar a criação da Upcell Alliance, que visa apoiar os intervenientes europeus no desenvolvimento das suas atividades e capacidades de produção de baterias elétricas. Na Europa, mais de 25 empresas de fabrico de baterias estão a planear criar mais de 100 gigafactories até 2030. Isto representa um investimento de pelomenos 150mil milhões de euros na cadeia de valor do fabrico de baterias para acelerar a eletrificação dos veículos – incluindo investimentos em equipamento industrial e maquinaria de produção, bem como investigação, inovação e educação. Tal como definido no 'Green Deal' europeu e no #REPower EU, a Upcell Alliance estabelece a si própria o objetivo de acelerar a transição para a mobilidade elétrica, ao mesmo tempo que assegura a soberania europeia no que toca a baterias elétricas. A associação conta atualmente com 36 membros dos setores industrial e académico, e é apoiada pelo Governo da Catalunha, pelo Governo de França e por organizações públicas francesas e europeias, incluindo a Nouveaux Systèmes Energétiques (NSE), a associação francesa da indústria automóvel (PFA), o Cluster Auvergne RhônesAlpes (CARA), a EIT InnoEnergy e a EVOLIS, que representa os fornecedores franceses de bens de investimento e maquinaria para as indústrias transformadoras.

10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Formnext 2022 com números pré-pandémicos e novas áreas de aplicação Com cerca de 730 expositores e mais de 50.000 m² de superfície bruta reservados até setembro, a Formnext 2022 já ultrapassou os números do ano passado e prepara-se para uma edição excecional. O maior certame mundial de fabrico aditivo realiza-se de 15 a 18 de novembro, em Frankfurt, Alemanha. O fabrico aditivo está a ganhar terreno num número cada vez maior de indústrias e de aplicações. Reflexo desta realidade, o programa de eventos de apoio à Formnext deste ano é mais extenso do que nunca e inclui debates especialmente dedicados a setores tão diversos como o da construção, aeroespacial e da cerâmica. A importância da Formnext para a indústria reflete-se no elevado número de inovações já anunciadas pelos expositores, desde novas tecnologias e sistemas a inovações ao longo de toda a cadeia do processo, desde os materiais até ao pós-processamento. Os visitantes vão poder encontra-las nos stands de expositores como a 3D Systems, Additive Industries, AddUp, Arburg, BigRep, Carbon, Desktop Metal, DMG Mori, Dyemansion, EOS, Farsoon, Formlabs, GE Additive, HP, Keyence, Markforged, Materialise, Renishaw, Ricoh, Siemens, Sisma, SLM Solutions, Stratasys, Trumpf, Voxeljet, XJet and Zeiss. In addition, numerous well-known international corporations, including BASF, Covestro, Evonik, GKN Sinter Metals Components, Henkel, Höganäs, Linde, Mitsubishi Chemical, Nikon, Oerlikon, Sandvik, SMS Group, entre muitos outros. Soluções Sorma na MetalMadrid A empresa italiana Sorma S.p.a. marcou presença na feira MetalMadrid, decorrida nos dias 19 e 20 de outubro, com as suas marcas Osawa e Nikko Tools. Da Osawa, a Sorma exibiu algumas das principais soluções de furação e fresagem, incluindo as brocas Typhoon HL longas e extralongas para aplicações de furação profunda ou a família HF EVOlution de fresas de topo de metal duro microgranulado para aplicações universais. Entre as propostas da Nikko Tools, vale a pena mencionar o lançamento do novo catálogo que contém, entre outros, os novos produtos introduzidos no mercado nos últimos anos (como, por exemplo, o sistema de fresagem de canto reto DoubleRek ou as pastilhas da Série 6000) e novos produtos: • Alurek, um novo sistema para fresagem de cantos quadrados para materiais não ferrosos e alumínio; • DXP, o novo sistema de perfuração cúspide com brocas piloto para furos profundos e grandes diâmetros (Φ30-Φ60); • A pastilha SD25 que expande ainda mais a faixa de fresagem de alto avanço HF4Plus; • A nova família de pastilhas RC, para o sistema de fresagem RoundPlus para indústria pesada. Brocas PU-HPU da Osawa (à esquerda) e ferramenta de fresagem de alto avanço HF4Plus, da Nikko Tools (à direita).

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ENTREVISTA 12 TEIXEIRA BICHO, GERENTE DA SUCURSAL PORTUGUESA DA FAGOR AUTOMATION “Os moldes representam o Portugal tecnologicamente mais evoluído” A Sucursal Portuguesa da Fagor Automation, fabricante de sistemas de automatização e controlo de máquinas, celebra este ano o seu 25º aniversário. Nesta entrevista comemorativa, Teixeira Bicho recorda os primeiros anos da empresa em Portugal, numa altura em que poucos sabiam o que era um CNC. Um quarto de século depois, o responsável pela sucursal destaca a extraordinária evolução a que assistiu quer na indústria de moldes, quer entre os fabricantes de máquinas-ferramenta que, hoje, exportam alta tecnologia para todo o mundo. A Sucursal Portuguesa da Fagor Automation celebra este ano o seu 25º aniversário. Em 1997, que razões levaram a empresa a instalar-se em Portugal? A Fagor Automation é uma empresa de âmbito global que se interessou pelo mercado português devido ao rápido e consistente crescimento da indústria dos moldes e consequente importação de máquinas-ferramenta. Estas máquinas-ferramenta incorporam o ‘pack’ tecnológico que a Fagor Automation fabrica, nomeadamente CNCs, servo-motores e respetiva eletrónica de potência e sistemas de medida lineares e angulares, incrementais, codificados ou absolutos. Umquarto de século é ummarco assinalável na história de qualquer empresa. Na sua opinião, que fatores contribuíram para esta longevidade? Para além da inegável qualidade e fiabilidade dos produtos da Fagor Automation, a proximidade com o cliente é decisiva. A Fagor Automation-Sucursal Portuguesa, tem a sede em Leça da Palmeira (junto à Exponor) e uma filial, que esteve em Leiria entre 1997 e 2018, e que desde esse Teixeira Bicho está à frente da Sucursal Portuguesa da Fagor Auromation desde 1997, ano em que a empresa se instalou em Portugal.

13 ano se encontra em Albergaria/Marinha Grande. Desta forma, conseguimos apoiar de muito perto as zonas geográficas mais povoadas de moldistas, em Portugal. Que produtos começaram por comercializar em Portugal? E como é que o vosso portefólio evoluiu daí para cá? A Fagor Automation mantém a linha de produtos, que evoluiu e está em constante atualização e desenvolvimento, aproveitando as novas tecnologias ao longo dos anos. O hardware e software que compõem os produtos fabricados pela Fagor Automation representam o Estado da Arte à época, porque estão sempre no limite da tecnologia de maquinação, com a constante procura do binómio, rapidez de maquinação versus qualidade. Que tipologia de empresas constituem hoje o universo de clientes nacionais da Fagor Automation? A Fagor Automation-Sucursal portuguesa serve três grandes grupos de clientes: - Utilizadores de tecnologia Fagor: pessoas que usam e trabalhammáquinas equipadas com Fagor no seu dia-a-dia, promovendo a tecnologia e explorando as performances do produto Fagor e que contam com apoio de assistência técnica profissional; - Distribuidores: apoiamos as empresas portuguesas importadoras de máquina-ferramenta commaterial Fagor; - Fabricantes e retrofitters: ajudamos os fabricantes nacionais de máquinas-ferramenta ou retrofitters a construir máquinas de topo mundial, com o material Fagor, para que possam colocar no mercado soluções inovadoras ao serviço dos utilizadores. O seu percurso na empresa começa logo em 1997? Sim, depois de nove anos como responsável numa empresa concorrente, na área do CNC, abracei o projeto de iniciar a sucursal da Fagor Automation em Portugal. Nessa época, a quota de mercado da Fagor era incipiente, pelo que, iniciar a sucursal seria uma tarefa muito aliciante pela perspetiva de crescimento no mercado português, onde somos líderes destacados em tecnologia, presença e recursos técnicos. Recorda-se dos principais desafios que teve de enfrentar nos primeiros tempos? Em 1997, tudo era manifestamente diferente, quer nos clientes - praticamente não existiam zonas industriais como as conhecemos hoje e muito menos pavilhões da qualidade atual -, quer na disponibilidade de quadros técnicos qualificados. Era muito difícil encontrar pessoal de engenharia devidamente formado (esse é, Montagem simples, rápida e confiável de grandes conexões aparafusadas Segurança, para conexões parafusadas exigentes WWW.HEICO-GROUP.COM . INFO@HEICO-GROUP.ES HEICO-LOCK® SISTEMAS DE TRAVAMENTO DE CUNHA HEICO-TEC® PORCAS DE TENSÃO HEICO FASTENING SYSTEMS

ENTREVISTA 14 de resto, um problema que ainda se mantém). Isto porque, à época, o CNC era praticamente desconhecido nas universidades e os centros de formação, como o Cenfim, ainda estavam a dar os primeiros passos neste campo. Por seu lado, os moldistas ainda trabalhavam muito manualmente. As empresas tinham receio de enveredar por máquinas CNC, até porque não havia operários especializados em programação de deste tipo de equipamentos. Operar uma máquina de CNC a 5 eixos, então, era impensável. O nosso trabalho foi divulgar, formar, apoiar e resolver todo o tipo de problemas que demonstrassem que não havia alternativa às máquinas-ferramenta CNC e, obviamente, fornecer o apoio técnico pós-venda de proximidade. Tem, portanto, uma longa ligação à indústria de moldes portuguesa, ainda que indireta. Como avalia a evolução do setor ao longo dos anos? Numa palavra, fantástica! Quero tirar o chapéu a todos os empresários e trabalhadores das empresas de moldes, bem como aos fornecedores das mais diversas áreas e origens e centros de formação da metalomecânica, porque, todos em conjunto, conseguiram fazer da indústria dos moldes, em Portugal, um oásis a todos os níveis. Os moldes, têxtil, calçado e pouco mais, representam o Portugal tecnologicamente mais evoluído, a nível mundial. Podemos dizer que esta indústria, pelo seu dinamismo, foi determinante para o aparecimento de outras, como a dos fabricantes de máquinas-ferramenta? Semdúvida! A indústria dosmoldes permitiuque se detetasse a falta dedeterminadasmáquinas e tecnologias e impulsionou o renascimento dos fabricantes demáquina-ferramenta em Portugal. Empresas que, no virar domilénio, tinhamdesaparecido ou que praticamente só faziammáquinas convencionais, agora fazemmáquinas CNC, coma tecnologiamais avançada, e exportampara todo omundo. Quero aliás, aproveitar a oportunidade para, em nome da Fagor Automation, agradecer publicamente o facto destes fabricantes terem acreditado em nós e de nos elevaremdiariamente. Hoje, que percentagem detém os Fabricantes de Equipamento Original no vosso volume de faturação? A reconstrução de equipamentos continua a ocupar um lugar importante? O aparecimento dos fabricantes de máquinas-ferramenta em Portugal permitiu que o volume de faturação das empresas que comercializamCNC emPortugal aumentasse, embora sempre para níveis residuais quando comparados com o resto da Europa. No nosso caso, estas empresas são responsáveis pelo maior volume de faturação, logo seguidos pela reconversão e assistência técnica. Os processos de fabrico aditivo têm vindo a ganhar terreno na indústria. Esta é também uma aposta da Fagor Automation. Que razões levaram a empresa a entrar neste mercado? A Fagor Automation está sempre atenta à evolução do mercado da máquina-ferramenta e às novas tendências. A capacidade de adaptação do nosso CNC a novas aplicações é notável e apostar nesta tecnologia é um passo natural. Pretendemos atender as necessidades demáquinas híbridas que, numa só máquina, podem combinar processos subtrativos (como a fresagem) com processos aditivos, seja por deposição de pó metálico ou por deposição por fio e arco elétrico. Alémdos produtos que fornece, que outras valências oferece a Fagor Automation ao mercado nacional? Empresas multinacionais de prestígio e com produtos diferenciadores como a Fagor Automation-sucursal portuguesa, representam crescimento e inovação para o nosso país, pelos produtos e tecnologias que comercializam. Os nossos colaboradores lidam diariamente com uma tecnologia que não se divulga muito nas universidades (felizmente há algumas boas exceções) e à qual dificilmente teriam acesso a não ser nestas empresas. Também os nossos clientes formam técnicos nestas áreas e o processo continua em crescendo, com a eventual instalação futura de empresas nacionais de elevado índice tecnológico. As multinacionais por sua vez, também beneficiam da excelente qualidade dos trabalhadores nacionais, incorporando, como é o nosso caso, técnicos portugueses altamente especializados. O responsável técnico mundial da Fagor Automation de maquinação a 5 eixos, por exemplo, é português e está integrado no I+D da Fagor Automation. Este é um excelente exemplo, da relação ‘win-win’ que estas valências permitem. n O sistema CNC Quercus é um dos exlibrís da Fagor Automation, especialmente desenvolvido de acordo com os conceitos da indústria 4.0. C M Y CM MY CY CMY K

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16 SUSTENTABILIDADE Maquinação sustentável: para as empresas, os trabalhadores e o planeta Quando se trabalha com metais, uma escolha inadequada da ferramenta ou da estratégia de maquinação pode fazer a diferença entre sucesso e fracasso. O desperdício de material, a baixa produtividade e a rejeição de peças são sinais de um processo de maquinação inadequado. Também são sinais de uma maquinação insustentável. Com as ferramentas e os processos corretos, podemos alcançar ganhos em sustentabilidade na maquinação. Porém, muitas fábricas ainda não compreendem estas vantagens. Neste artigo, Matilda Gynnerstedt, diretora de gestão de produtos da Sandvik Coromant, explora as ferramentas e tecnologias que impulsionam a produtividade, reduzem o desperdício e melhoram a sustentabilidade da maquinação. Os metais são a espinha dorsal do mundo industrializado da atualidade. Do aço nos edifícios e do alumínio nos automóveis, ao titânio nas aeronaves modernas e ao cobre encontrado em componentes eletrónicos, os metais são elementos importantes em toda a economia. E a sua prevalência não vai diminuir. À medida que os governos do mundo inteiro implementam planos de descarbonização, a procura por tecnologias renováveis verá a nossa dependência dos metais continuar a aumentar. Na realidade, o Roteiro de Tecnologia de Aço e Ferro da Agência Internacional de Energia (AIE) estima que a procura mundial de aço aumente mais de um terço entre o momento atual e o ano de 2050. Entretanto, conforme a procura por metais aumenta, também aumentam as expectativas sobre o modo com que os metais são obtidos, produzidos e usados na manufatura. EVOLUÇÃO AMBIENTALMENTE FAVORÁVEL A produção de metais é considerada um processo que liberta muito carbono. Apesar de ser verdade que a produção de aço geramuitas emissões, o setor tem feito avanços bem-sucedidos no sentido de reduzir este efeito. Os aços verdes, por exemplo, substituem o carvão coqueificável, tradicionalmente necessário para a fabricação de aço a partir do minério,

17 SUSTENTABILIDADE com hidrogénio e eletricidade renovável. Isto pode reduzir drasticamente as emissões de carbono do processo de produção de metal. Embora inovações recentes, como o aço verde, possam trazer um futuro mais sustentável para o setor metalúrgico, existem várias outras tecnologias que podem tornar os processos metalúrgicos mais sustentáveis. Os fabricantes devem incorporar estes métodos se quiserem enfrentar os desafios da sustentabilidade do futuro. A FERRAMENTA CERTA PARA O TRABALHO Para as fábricas encarregadas de maquinar metais difíceis nas formas desejadas, com tolerâncias apertadas e a máxima qualidade de superfície, a experiência e as ferramentas certas são essenciais. Especificamente, a ferramenta deve ajudar a deixar o processo de maquinação mais eficiente e com menos resíduos e promover grandes benefícios de sustentabilidade. A taxa de rejeitados é um fator que impede uma fábrica de atingir o seu máximo desempenho. As situações comuns que geram rejeitados incluem o uso de ferramentas erradas, erros humanos na programação da máquina e variações não detetadas na matéria-prima que causam problemas imprevisíveis demaquinação. Além disso, os rejeitados têm um enorme efeito sobre o ambiente se não forem reciclados. O Banco Mundial estima que os resíduos produzidos pelo setor, à escala mundial, são 18 vezes maiores do que os resíduos sólidos produzidos pelos municípios de todo o mundo. Para que possam reduzir as taxas de rejeitados, as fábricas devem implementar os parâmetros de corte e os set-ups corretos das ferramentas. A falha em assegurar estes fatores pode gerar desgaste irregular da ferramenta e vida útil imprevisível da pastilha - que leva à rejeição de peças e, por sua vez, ao desperdício. A escolha da ferramenta é especialmente importante para reduzir o resíduo no torneamento, uma operação comum de maquinação em torno. Um torneamento eficiente do aço pode ser alcançado através da redução de refugo e rejeição de peças, como parte de uma estratégia eficaz para reduzir o custo de produção dentro de um set-up de maquinação existente. A estratégia pode incluir a maximização do uso da máquina ou a escolha de soluções de ferramentas mais confiáveis, como a pastilha, para reduzir o custo por peça. Mas, quais são as características de uma ferramenta mais confiável? Classes de torneamento que proporcionem vida útil longa e previsível da ferramenta, com bom controlo de aparas, devem ser consideradas para se obter uma maquinação segura e produtiva. A sele-

18 SUSTENTABILIDADE ção de uma ferramenta commaior vida útil, combinada commaior resistência ao desgaste e ao calor, pode produzir benefícios tangíveis como a minimização de paragens não planeadas ou a redução do desperdício domaterial da peça ou da própria pastilha de metal duro. Todas essas pré-condições são necessárias para uma maquinação sustentável. A dedicação da Sandvik Coromant ao uso de materiais reciclados nas suas classes de torneamento também é um fator importante que torna a manufatura dos clientes mais sustentável. Um dos critérios do nosso projeto de desenvolvimento é aumentar o uso de materiais reciclados nas nossas ferramentas, assim como reduzir o resíduo. AMENIZANDO AS DIFICULDADES Assimcomo a consciencialização sobre a sustentabilidade está a ganhar força em praticamente todos os setores, o mesmo acontece coma transformação digital. Numa pesquisa commais de 400 empresas de manufatura mundiais, 94% dos entrevistados indicaram que a Indústria 4.0 ajudou a manter as suas operações durante a pandemia. Os desafios da Covid-19 também serviram como umalerta para os fabricantes atrasados na implementação de estratégias da Indústria 4.0. As vantagens da Indústria 4.0 para os fabricantes são, agora, bemconhecidas. Ela ajuda os gestores e trabalhadores a tomar decisões mais bem informadas, gera maior produtividade, pode reduzir erros de produção e proporciona maiores lucros. Porém, um benefício menos percebido da Indústria 4.0 é o papel crucial que ela desempenha na sustentabilidade. Historicamente, os gestores de fábrica baseiamas suas decisões demaquinação na sugestão e experiência dos seus trabalhadores. Asmáquinas conectadas através da Internet das Coisas (IoT), por outro lado, podemmelhorar a inestimável experiência dos trabalhadores humanos e oferecer novas possibilidades de transparência, planeamento otimizado e produção agilizada. Com isto emmente, hoje emdia, há diversos serviços digitais que podem ajudar os fabricantes a implementar processos de produção mais sustentáveis. Um bom ponto de partida para iniciar qualquer estratégia de sustentabilidade é realizar uma auditoria do status atual de uma fábrica com informações baseadas em dados. Esta abordagem pode identificar várias áreas de ineficiência que podem impedir a produtividade e a sustentabilidade de uma fábrica. Por exemplo, se a fábrica registar desgaste prematuro das ferramentas, acabamentos superficiais abaixo do padrão ou tempos prolongados de inatividade da máquina, então os dados recolhidos por sensores podem ajudar os operadores a fazer melhorias informadas no seu processo de maquinação de maneiras que ajudem a reduzir o resíduo e aumentar a eficiência energética. O Programa de Melhoria de Produtividade (PIP) CoroPlus é uma solução para estas dificuldades. O PIP é um processo estruturado e comprovado que pode ser realizado numa única máquina, numa cadeia de processos ou em toda a fábrica. Para iniciar o processo, os especialistas da Sandvik Coromant identificam ineficiências na produção e, a partir daí, implementa soluções de monitorização de máquinas que fornecem informações e dados em tempo real. Esses dados podem ser acedidos remotamente para fornecer uma análise aprofundada de uma célula de produção completa, até à ferramenta de corte. O PIP CoroPlus pode auxiliar os fabricantes a reduzirem custos e ineficiências, mas também a tornar o processo de manufatura mais sustentável. Ao garantir que as máquinas funcionem da maneira mais eficiente possível e ao reduzir o tempo de maquinação, o programa pode eliminar os resíduos e reduzir o consumo de energia. Não menos importante, os principais ativos, as pessoas do local, terão melhores condições de trabalho sabendo que os processos de maquinação são uniformes, estáveis e previsíveis. Algumas decisões mal informadas podem fazer a diferença entre amaquinação produtiva e sustentável demetais e umprocesso demaquinação desperdiçador. Entretanto, à medida que nos tornamosmais conscientes do efeito do setormetalomecânico sobreo ambiente, surgem inovações que podemmelhorar significativamente as qualificações do setor. Isto inclui encontrar formas mais sustentáveis de não apenas produzir, como tambémmaquinar metais de forma benéfica para as pessoas, o planeta e os lucros. n

20 MOLDES E MATRIZES Centros de maquinação para a indústria de moldes: exigência e inovação são as palavras de ordem Com o aumento da exigência nos ciclos de produção, a crescente preocupação com as questões da otimização de recursos na produção e a inegável necessidade de poupança de energia, mas também a complexificação dos elementos a produzir, tornou-se premente a otimização dos equipamentos e tecnologias. Neste contexto, os principais fabricantes de centros de maquinação têm uma tarefa difícil: desenvolver modelos mais económicos e, simultaneamente, mais completos e automatizados. Ana Ferreira

MOLDES E MATRIZES Os centros de maquinação são equipamentos industriais avançados, que executam o fabrico e o acabamento de peças metálicas, por remoção de material. Estas máquinas respondem à procura por equipamentos que realizem operações como furação, fresagem, erosão ou rectificação assistidas por Controlo Numérico Computorizado (CNC). Além de permitir o controlo simultâneo de vários eixos, os sistemas CNC também controlam funções como a velocidade da árvore, o posicionamento da cabeça ou a mudança da ferramenta. A forma como o centro de maquinação é configurado terá uma grande influência sobre a eficiência da maquinação e a utilização da mesma. Estes equipamentos podemapresentar uma configuração vertical, horizontal, com vários eixos ou de fuso fixo. A escolha do tipo de configuração dependerá do tipo de material que se pretende maquinar, bem como da complexidade e exigência do produto a obter. Comdiferentes marcas, modelos, soluções e tipologias no mercado, este tipo de máquinas industriais garante que produtos como os moldes, são produzidos cada vez commenos custos, fator essencial no atual cenário de constante subida dos preços. Os equipamentosmais recentes procuram dar resposta à crescente exigência de ciclos de produção rápidos, posicionamento de máxima precisão, elevada fiabilidade e tempo de manutenção reduzido. Neste artigo, evidenciamos as principais vantagens destas soluções e apresentamos alguns dos equipamentos disponíveis no mercado nacional. FANUC APRESENTA A SOLUÇÃO MULTIUSOS PARA MAIOR EFICIÊNCIA César Neto, diretor de comunicação e marketing da Fanuc Iberia, destaca da carteira de produtos da marca japonesa o centro de maquinação vertical Robodrill de nova geração, “que garante níveis de qualidade e precisão sem paralelo, com excelentes taxas horárias”. Com uma capacidade de alternância de ferramentas imbatível de 0,7 segundos e uma torreta capaz de manusear ferramentas de 4 kg, as novas versões avançadas são as máquinas CNC de 5 eixos mais rápidas e mais potentes no mercado. Nas versões avançadas ou de série, cada centro de maquinação vertical Robodrill é um verdadeiro multiusos a alta velocidade que oferece um desempenho incrível e uma eficiência imbatível. Concebido para responder a todas as necessidades, o Robodrill Série α-DiB5 inclui seis modelos totalmente redesenhados nos tamanhos S, M e L, disponíveis nas versões standard ou avançada. Com um controlo rígido por servoacionamento e uma árvore BT30 altamente dinâmica, estas máquinas versáteis de alta velocidade são adequadas para todas as aplicações de maquinação vertical, desde ciclos de produção curtos que necessitam de rápidos tempos de resposta à produção em massa sem falhas. Segundo dados disponibilizados pela Fanuc, “com 240.000 máquinas instaladas desde 1972, a sua versatilidade com vista uma aplicação futura e a fácil adaptabilidade, tornam o Robodrill na máquina mais vendida na sua classe”. DEIBAR: DESEMPENHO, PRECISÃO E QUALIDADE A Hermle dispensa apresentações junto da indústria de moldes. Fundada em 1938, a empresa alemã prima pelo constante investimento em inovação e desenvolvimento, com vista à otimização e automatização de processos. Vitor Fragoso, diretor geral da Deibar, representante da Hermle emPortugal, destaca dois dos equipamentos da marca “que mais interesse geram junto dos fabricantes de moldes portugueses”: Hermle - C 250 Performance-line O C 250 é o modelo de entrada para todos os recém-chegados aomundo da fresagem de 5 eixos e à gama Hermle Performance. Graças ao grande alcance giratório das peças na área de trabalho, à utilização de toda a área de passagem e ao espaço livre entre a mesa e as secções laterais, o C 250 oferece a maior área de trabalho em relação à área de instalação. Os centros de maquinação mais recentes procuram dar resposta à crescente exigência de ciclos de produção rápidos, posicionamento de máxima precisão, elevada fiabilidade e tempo de manutenção reduzido Centro de maquinação vertical Robodrill de nova geração. 21

22 MOLDES E MATRIZES Hermle - C 400 Performance-line O C 400 é um centro de maquinação dinâmico e económico projetado para produção de 5 eixos / 5 lados. É aqui que a conhecida competência central da Hermle na tecnologia de 5 eixos se destaca. A base da máquina, de fundição mineral de baixa vibração, prevê que o C 400 garanta um trabalho estável e sem vibrações. Este centro de maquinação destina-se ao fabrico de peças de alto desempenho e em larga escala, com alta precisão e qualidade de superfície, apresentando uma grande área de trabalho com uma pequena área de instalação, e pode ser adaptado ergonomicamente a cada operador de máquina - garantindo assim uma ótima facilidade de uso. DNC TÉCNICA: SOLUÇÕES COM INOVAÇÃO A DNC Técnica disponibiliza um vasto leque de soluções para a indústria metalomecânica em geral, e emparticular para o setor do fabrico demoldes. Entre as marcas que distribui, encontramos vários fabricantes de referência de centros de maquinação CNC. Do seu portefólio de produtos, Francisco Neves, CEO da empresa, destaca dois modelos concebidos especificamente para o fabrico de moldes: Zayer - O novo centro de maquinação modelo Zero A Zayer desenvolveu este modelo com objetivos claros para responder às necessidades do mercado do setor dos moldes. Umdos grandes objetivos foi tornar a máquina mais dinâmica e mais estável do ponto de vista térmico. Nesta máquina a Zayer tratou de controlar as fontes de calor e assim conceber umamáquina termicamente muito mais estável, através da gestão ativa da temperatura do líquido refrigerante, garantindo uma maior precisão através da estabilidade térmica dos diferentes componentes geradores de aquecimento na máquina, tais como o cabeçote, motores e fusos. A máquina Zero da Zayer é uma máquina que oferece maior dinâmica com velocidades de avanço de 40.000 mm/min nos eixos lineares e acelerações que podem atingir os 4.000 mm/s2. Oferece uma motorização standard de 30 kW com um torque máximo de 1.050Nm, com o cabeçote de 45º de 360.000 posições, e pode atingir as 8.000rpm. Está também disponível a versão com o cabeçote de 30º com posicionamento também a cada 0,001º. CB Ferrari - O centro de maquinação ML45 O ML45 é um centro de maquinação vertical de 5 eixos commotores lineares, concebido e desenvolvido para proporcionar altas performances de dinâmica e precisão na maquinação de peças de geometria complexa em 5 eixos. O desenho único da CB Ferrari ML45 estabelece novos parâmetros de referência na tecnologia da maquinação de alta velocidade, alcançando uma precisão dinâmica superior numa configuração de 5 eixos. Motores lineares, de torque (eixos rotativos) e um electrospindle refrigerados e com temperatura controlada garantem uma grande estabilidade térmica, conseguindo altas performances na maquinação das peças. A integração da mesa rotativa e basculante, graças aos seus dois motores de torque contínuo, contribui para alcançar uma excelente suavidade de movimento e um acabamento das superfícies de qualidade muito elevada. O ML45 da CB Ferrari pode ser equipado comdiferentes controladores, seja o Heidenhain iTNC 640 ou o Siemens 840D-SL, proporcionando um desempenho estável, seguro e fiável com um interface gráfico de fácil utilização. Graças ao sistema de calibração de última geração, a CB Ferrari é capaz de obter tempos de ciclo consideravelmente mais rápidos em peças com formas complexas, em diferentes peças: cavidades, buchas, matrizes e elétrodos em comparação com outras soluções existentes no mercado. Centro de maquinação Hermle C 250 Performance-line. No novo centro de maquinação modelo Zero, a Zayer procurou controlar as fontes de calor e assim conceber uma máquina termicamente mais estável. Centro de maquinação CB Ferrari ML Series.

Miguel Carraro Mobil: +34 686 986 652 miguel@mcarraro.com MAQUINAÇÃO DE METAL DURO COM TECNOLOGIA PECM PEMTEC.DE/ES TECNOLOGIA DE ALTA PRECISÃO Absolutamente livre de rebarbas Sem contato, processo a frio Sem micro rachaduras Sem mudanças estruturais Sem camadas brancas Exemplos de aplicação Inserto de corte Material: WC-10wt.% Co, fine Tempo de processamento: 41 min. precisão de repetibilidade: ± 3 μm Ra: 0,07 μm Matriz de fecho dentada Material: K40 (Ceratizit CF-H40S+) Profundidade: 1,45 mm Tempo de processamento: 54 min. Ra: 0,095 μm Punção de corte Material: EMT 100 (Extramet 6% cobalt, fine grain) Profundidade: 5 mm Tempo de processamento: 125 min. Ra: 0,14 μm PEM 3.1 SX CC A solução de metal duro desenvolvida para atender à procura do mercado, ocupando pouco espaço, num conceito tudo-em-um. SALES PARTNER

24 MOLDES E MATRIZES SOLUÇÕES COM QUALIDADE E RIGOR PAM Na maior parte das vezes, mais do que uma máquina, o cliente quer uma solução para o seu projeto. Tomás Oliveira, engenheiro na PAM, refere que esse é umdos principais objetivos da empresa: “Procuramos encontrar soluções para as dificuldades dos nossos clientes, sobretudo encontrando máquinas, processos de fabrico competitivos, não esquecendo nunca de garantir uma eficaz assistência técnica”. Acrescenta ainda que “uma das marcas que mais se destaca na gama das que representamos é a Juaristi”. Fundada em 1911, a Juaristi aposta na fiabilidade, robustez e versatilidade das suas máquinas. Do portefólio da marca, Tomás Oliveira destaca os centros de maquinação de alta produtividade da série MX. A Série MX faz parte da família de máquinas de coluna móvel e é uma solução de topo no que diz respeito à precisão, rigidez e controlo dinâmico, resultado de mais de 70 anos de experiência no desenvolvimento de máquinas para maquinação de moldes. “Este equipamento destaca-se pelo conceito ‘Box-in-Box’ introduzido neste tipo de máquinas pela primeira vez pela Juaristi, tendo uma coluna simétrica e um cabeçote centrado que proporcionam à máquina uma ótima rigidez, precisão e alta dinâmica. A forma como está construída reduz a deformação provocada pela temperatura devido ao seu conceito simétrico da coluna com cabeçote central. Também a plataforma do operador mereceu o maior cuidado no desenvolvimento desta máquina permitindo ter até 3 movimentos independentes. A versatilidade das configurações resulta numa máquina com até 7 metros de altura”, sublinha Tomás Oliveira. Os cabeçotes e as mesas hidrostáticas produzidos pela própria Juaristi são outros dos pontos fortes da marca. MÁQUINAS DE VANGUARDA PARA RESPONDER A UMA EXIGÊNCIA CRESCENTE Para dar resposta ao aumento da exigência na qualidade de produção, a Mafermaq oferece aos seus clientes equipamentos de vanguarda e de alta precisão técnica, adequando as soluções que comercializa à necessidade de cada cliente. Da sua lista de marcas representadas, a empresa destaca o Gruppo Parpas, conceituada marca italiana com presença consolidada na indústria de moldes do mercado nacional. Centros de maquinação do Gruppo Parpas Centros de maquinação de 5 eixos tipo ‘gantry’ ou pórtico para moldes de grandes dimensões, garantem um elevado nível de precisão, alto rigor de qualidade e acabamento. Comercializados com opção para sistema de troca de palete/automatização e troca de cabeça. TECMILL: FOCO NO SUCESSO DO CLIENTE Fundada em 2001, a Tecmill posiciona- -se como um fornecedor de serviços de qualidade, focado em “encontrar soluções integradas e aplicadas a cada empresa, correspondendo às exigências atuais do mercado”. O que se reflete na sua rede de marcas representadas e parceiros. No que respeita a centros de maquinação para a indústria de moldes, a Tecmill destaca as suas representadas Soraluce, Spinner e Breton. Soraluce Fiabilidade, precisão, robustez e soluções integradas, são as mais-valias que a Soraluce se compromete a trazer para o negócio de cada cliente. Oferece uma solução completa em fresagem para peças de média e grande dimensão e projetos chave na mão. Spinner Uma gama completa de centros de maquinação de 3, 4 e 5 eixos. A solução completa em fresagem para peças de pequena e média dimensão, garantindo fiabilidade, precisão, robustez e soluções integradas. Breton Centros demaquinação do tipo ‘gantry’ de 3 e 5 eixos. Construção compacta e robusta. A garantia de estabilidade geométrica e precisão. n Centros de maquinação de alta produtividade da série MX da Juaristi. Centros de maquinação Active Five 2000 do Gruppo Parpas. Centro de maquinação Soraluce para a indústria de moldes.

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