BM25 - InterMETAL

www.intermetal.pt 2025/2 25 Preço:11 € | Periodicidade: 4 edições por ano | Abril, Maio, Junho 2025

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ACEDA AO MERCADO DA INDÚSTRIA METALOMECÂNICA LUSO-ESPANHOLA PORTUGUÊS: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, ... ESPANHOL: Espanha, México, EUA, Argentina, Colômbia, Chile, Venezuela, Perú, ... O GRUPO EDITORIAL IBÉRICO DE ÂMBITO INTERNACIONAL INTEREMPRESAS MEDIA - ESPANHA Tel. +34 936 802 027 comercial@interempresas.net www.interempresas.net/info INDUGLOBAL - PORTUGAL Tel. (+351) 215 935 154 geral@interempresas.net www.induglobal.pt

EMAF 2025 SUMÁRIO Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Defensores de Chaves, 15, 3.º F 1000-109 Lisboa (Portugal) Telefone (+351) 215 935 154 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Grupo Interempresas Media, S.L. (100%) Diretora Luísa Santos Equipa Editorial Luísa Santos, Esther Güell, Nerea Gorriti redacao_intermetal@interempresas.net www.intermetal.pt Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 44 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127299 Déposito Legal 455413/19 Distribuição total +4.100 envios. Distribuição digital a +3.400 profissionais. Tiragem +700 cópias em papel Edição Número 25 – Abril, Maio, Junho 2025 Estatuto Editorial disponível em https://www.intermetal.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Lidergraf Rua do Galhano, n.º 15 4480-089 Vila do Conde, Portugal www.lidergraf.eu Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da InterMETAL adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. ATUALIDADE 8 EDITORIAL 8 50 anos de EMO: uma história de sucesso 18 Entrevista com Diogo Barbosa, diretor-geral da Exponor 22 EMAF 2025: conheça as novidades dos expositores 26 CO2 Metal Roadmap: um roteiro para a descarbonização do setor eletromecânico 38 A ascensão da IA no setor industrial 40 Como a IA pode mudar as empresas de metalomecânica e eletromecânica em Portugal 42 Redes OT: o próximo alvo dos cibercriminosos 44 Cecimo antecipa as tendências do fabrico avançado 48 Do chão de fábrica à nuvem, a revolução digital da metalomecânica 54 Da IA generativa aos dados unificados: a próxima transformação digital 60 Entrevista com Pedro Pinto, gestor comercial na Murrelektronik em Portugal 62 Robótica, computação na nuvem e IA: como estão os fabricantes a adotar as novas tecnologias? 68 Tecnologia de processamento assistido por robôs otimiza o trabalho das máquinas-ferramenta 70 Calibração automática de TCP, uma revolução na automação industrial robotizada 74 Trumpf garante rentabilidade na produção de sistemas de segurança física da Caradonna 76 Entrevista com Javier Fernández, diretor de vendas da Mewa Portugal & Espanha 82 Imoplastic otimiza a lubrificação das máquinas com Fuchs Care 86 Da eficiência técnica à expansão internacional: a estratégia da Briskfil para o setor dos gases industriais 90 Crescimento modesto do setor da maquinaria na Europa 94 Evolução da microscopia industrial: da análise de precisão ao aumento da produtividade das empresas 96 Ferramentas da qualidade: um suporte para a melhoria contínua 98 Diferença entre precisão declarada e precisão comprovada 102 Positive Material Identification: a chave para um controlo de qualidade rigoroso na indústria metalomecânica 106 Espuma metálica e substitutos de PFAS melhoram a pegada ecológica industrial 108 Em segurança se solda, corta e molda metais… [2] 112

8 Cenfim reforça aposta na formação com novo edifício na Lispolis O Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (Cenfim) vai construir um novo Núcleo de Formação, com cerca de 4.500 m², na Lispolis, em Lisboa. O projeto, apoiado pelo PRR, representa um investimento total de 10 milhões de euros e deverá estar concluído até junho de 2026. A instituição adquiriu um lote de 1.500 m² para construir um edifício energeticamente eficiente, centralizando num único espaço oficinas, laboratórios e salas de formação. O projeto visa fortalecer a capacitação de profissionais qualificados para setores tecnológicos e industriais, alinhando-se com as crescentes exigências do mercado, que enfrenta uma crise de falta de mão de obra. Atualmente presente em 14 regiões, o centro já operava na Lispolis, mas agora aposta na construção de instalações próprias para consolidar as suas atividades formativas. A nova infraestrutura permitirá reunir, num só local, todos os serviços do Núcleo de Formação de Lisboa, atualmente dispersos por três instalações. Desta forma, a instituição otimiza os seus recursos e amplia a oferta formativa, garantindo uma resposta mais eficaz às necessidades da indústria. O espaço contará com três oficinas tecnológicas dedicadas a soldadura, serralharia mecânica e tecnologias de produção assistida por computador. Além disso, serão instalados quatro laboratórios especializados: Metrologia; Eletricidade e Eletrónica; Automação, Mecatrónica e Robótica; e Refrigeração, Climatização e Energias Renováveis. O projeto contempla ainda dez salas de aula para formação geral e informática. O novo edifício do Cenfim em Lisboa terá cerca de 4.500 m² e irá concentrar, num só local, todos os serviços do Núcleo de Formação de Lisboa, atualmente dispersos por três instalações. EDITORIAL Chegamos a mais uma edição da EMAF, a maior montra da indústria portuguesa, com a certeza de que o setor vive um momento de profunda transformação — e também de afirmação. A InterMetal acompanha de perto este percurso e, mais do que relatar, pretende ser parte ativa do debate, da inovação e da construção do futuro do setor. É com esse espírito que apresentamos a edição especial que tem agora nas mãos, pensada e produzida para ser o seu guia e companheira ao longo da feira. Nesta edição, destacamos a entrevista ao diretor geral da Exponor, que sublinha a importância histórica da EMAF como espelho da evolução do setor. A feira é hoje um reflexo nítido da maturidade industrial do país e da capacidade que as empresas nacionais têm demonstrado para se posicionar nos grandes temas da competitividade global. A digitalização, a robótica e a inteligência artificial são protagonistas desta transformação. Ao longo das próximas páginas, encontrará uma série de artigos que exploram estas tecnologias sob diferentes prismas — da mudança cultural nas empresas industriais à adoção concreta de soluções baseadas em IA e computação na nuvem. O texto da página 42, por exemplo, reflete sobre como a inteligência artificial pode mudar radicalmente a forma como se tomam decisões no chão de fábrica. Outros artigos abordam a ascensão da IA no setor, as tendências antecipadas pela Cecimo no fabrico avançado e o nível de digitalização da indústria metalomecânica portuguesa. Este número integra ainda um caderno especial dedicado ao controlo de qualidade — um eixo fundamental na competitividade industrial — com destaque para o artigo do CATIM sobre ferramentas da qualidade como suporte à melhoria contínua. A voz da experiência e o conhecimento técnico partilhado por esta entidade são uma referência indispensável para quem quer elevar os seus padrões produtivos. Por fim, damos-lhe a conhecer duas realidades da indústria nacional distintas, mas igualmente inspiradoras: a Imoplastic, que apostou no serviço Fuchs Care para otimizar o desempenho dos seus lubrificantes industriais, e a Caradonna, que, a partir de Marco de Canaveses, exporta tecnologia portuguesa de segurança física para vários mercados exigentes, apoiada em maquinaria Trumpf de elevada precisão. Mais do que uma mostra de inovação, esta edição da InterMetal é um testemunho da vitalidade da indústria nacional e da capacidade de adaptação dos seus protagonistas. Esperamos por si na EMAF, no Pavilhão 6, Stand G664. Visite-nos e partilhe connosco a sua visão sobre os temas que interessam ao setor. Juntos, continuaremos a construir o futuro da metalomecânica portuguesa. EMAF 2025: a indústria em transformação acelerada

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10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ISQ participa em projeto europeu de aço ‘verde’ produzido com hidrogénio O ISQ anunciou que irá integrar o projeto europeu TransZeroWaste. A iniciativa conta com um investimento total de 4,99 milhões de euros para promover a transição dos métodos produtivos tradicionais, baseados em combustíveis fósseis, para métodos mais sustentáveis e de baixo teor em carbono. O ISQ terá a cargo a avaliação económica e ambiental das novas tecnologias, bem como o aconselhamento quanto a indicadores de circularidade. O TransZeroWaste propõe a criação de novas rotas de reciclagem que permitam a utilização eficaz dos resíduos gerados nas instalações industriais de produção de aço – calamina, resíduos oleosos e minérios de qualidade inferior – auxiliando na continuidade do abastecimento de matérias-primas e contribuindo para uma economia circular. A abordagem integrada do projeto visa não só a melhoria dos processos técnicos, como também a avaliação dos seus impactos ambientais e económicos, através de análises e ferramentas digitais de suporte à decisão. Neste contexto, “o ISQ desempenha um papel central, liderando a tarefa dedicada à avaliação económica e ambiental das novas tecnologias. Assim, estará encarregue da definição de um conjunto de indicadores de circularidade, que permitem medir o desempenho dos produtores na gestão dos fluxos de materiais, promovendo uma utilização mais eficiente e sustentável dos recursos, bem como pela realização da análise de Custo de Ciclo de Vida (CCV), que avalia os custos ao longo de todo o ciclo de vida dos processos desenvolvidos, oferecendo uma visão integrada dos benefícios económicos e dos desafios associados à transição para estes processos industriais mais limpos”, complementa Marco Estrela, responsável de I&D do ISQ. Prima Industrie vende Prima Additive à Sodick A Prima Industrie, especialista em linhas e máquinas automatizadas para o trabalho de chapas metálicas e aplicações industriais, controlada pela Alpha Private Equity e pela Peninsula Capital, assinou um acordo definitivo para vender a sua empresa especializada, a Prima Additive, à Sodick Co., Ltd. Prevê-se que a transação esteja concluída até ao final do segundo trimestre de 2025. A Prima Additive, com sede em Turim, Itália, é especializada em soluções de impressão 3D em metal para várias indústrias. A empresa desenvolveu vários tipos de impressoras 3D de metal, como a fusão a laser em leito de pó e a deposição de energia direcionada. A venda da Prima Additive permitirá que a Prima Industrie se concentre no seu negócio principal, através da marca Prima Power, e reforce ainda mais a sua posição no mercado de maquinaria para trabalhar chapas metálicas e corte a laser. Esta transação está em linha com a estratégia ‘Evoluir através da integração’ implementada pela gestão da Prima Industrie para aumentar a eficiência operacional e acelerar o crescimento internacional através do reforço da liderança tecnológica em soluções integradas e automatizadas de trabalho de chapa metálica.

11 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER INEGI aposta na formação em digitalização PrimeOut nomeada parceira oficial de vendas da Meltio em Portugal A empresa portuguesa PrimeOut, sediada na Marinha Grande, vai passar a distribuir e dar apoio técnico aos equipamentos de fabrico aditivo metálico da marca espanhola Meltio. O acordo de parceria abrange todo o território nacional e foi definido em colaboração com a Sicnova, parceira principal da Meltio na Península Ibérica. A Meltio disponibiliza uma solução de impressão 3D metálica inovadora que permite aplicações industriais através de um processo baseado em fio de soldadura – “o material metálico mais seguro, limpo e acessível do mercado”, refere a PrimeOut em comunicado. A empresa portuguesa garante que irá concentrar-se na criação de um ecossistema de suporte para a tecnologia da Meltio em Portugal, gerando oportunidades de negócio em colaboração com centros tecnológicos, empresas de máquinas-ferramenta, integradores robóticos, instituições académicas e a indústria — tirando partido da experiência e coordenação da Sicnova para garantir o sucesso na região. Atento às novas necessidades de capacitação da indústria, o INEGI preparou quatro programas de formação avançada em áreas-chave da digitalização: Impressão 3D, Digitalização do Shopfloor, Materiais Compósitos e Indústria 5.0. Os programas visam dotar profissionais de competências para tirar partido das tecnologias emergentes e transformar processos produtivos. O primeiro curso, dedicado ao fabrico aditivo arrancou este mês. Os próximos estão previstos para o segundo semestre: - De 16 de outubro a 13 de novembro: Formação avançada em ‘Digitalização do Shopfloor’, realizada em colaboração com o INESC TEC. São 36 horas de formação para dotar os participantes de competências para planear e executar projetos de digitalização no chão de fábrica, abordando tecnologias como sensores, IIoT, robótica e sistemas de automação. - De 27 de outubro a 18 de novembro: 2ª edição do programa ‘Materiais Compósitos na Indústria’. Estes materiais são cruciais para aumentar a sustentabilidade, desempenho, flexibilidade e leveza de diversos produtos industriais, podendo ser aplicados em embarcações, automóveis, bicicletas e aeronaves. - De 8 de outubro a 17 de dezembro: Curso ‘Human Centric Manufacturing’, que tem como objetivo capacitar os profissionais para implementar metodologias e novas tecnologias que garantam uma transição eficaz para um ambiente de trabalho mais moderno e humanizado, alinhado com os princípios de sustentabilidade e bem-estar. Elimine paragens para manutenção e otimize o movimento drylin® E funcionamento a seco ... movimento linear Módulos lineares elétricos acionados por correia dentada ou por fuso • Isentos de lubrificação • Leves e à prova de sujidade • Funcionamento silencioso • Resistentes à corrosão • Uma só referência, um fornecedor PT-14xx-drylin belt & electric 85x125 (GS).indd 1 29.04.25 13:42

12 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Próxima BIEMH realiza-se em março de 2026 A 33ª edição da BIEMH 2026, Bienal Internacional de MáquinasFerramenta, terá lugar de 2 a 6 de março no Centro de Exposições de Bilbau. Com uma sólida trajetória na área do fabrico avançado, o certame apresenta-se como um ponto de encontro obrigatório para quem procura novas oportunidades de negócio, soluções adaptadas aos desafios atuais da indústria e novas alianças comerciais. O produto será o principal protagonista da BIEMH 2026, com a exibição de grandes máquinas em funcionamento, demonstrações técnicas ao vivo e as mais recentes inovações tecnológicas. Além disso, o evento irá centrar-se em duas outras áreas muito importantes: a robótica e a automação, setores que continuam a transformar os processos de produção com soluções que proporcionam dinamismo, eficiência e inteligência. Tudo isto se traduz numa campanha gráfica que reflete claramente o valor estratégico do evento, destacando o seu papel como o primeiro grande evento do calendário internacional em 2026. Sob o lema 'Carpe BIEMH', a imagem fresca e criativa lança um convite direto a aproveitar o momento, reafirmando a BIEMH como um evento chave para as empresas expositoras, visitantes e organizações, e sublinhando a sua capacidade de gerar expetativa e surpresa, edição após edição. Comissão reforça proteção da indústria siderúrgica da UE A Comissão Europeia reforçou a medida de salvaguarda para proteger a indústria siderúrgica da UE contra o aumento das importações, dando cumprimento ao Plano de Ação da UE para o Aço e os Metais. A Comissão reduziu a taxa de liberalização de 1% para 0,1%, limitando a quantidade de aço que pode ser importada para a UE com isenção de direitos. Além disso, os países deixarão de poder utilizar a totalidade dos volumes dos contingentes não utilizados de outros países, incluindo os da Rússia e da Bielorrússia. O mecanismo de ‘reporte’, que permitia aos países transferir os contingentes não utilizados para o trimestre seguinte, foi também eliminado para as categorias com elevada pressão de importação e baixo consumo. A medida reforçada criará uma margem de manobra para os produtores de aço da UE aumentarem a sua produção e, assim, recuperarem a quota de mercado perdida. Tem igualmente por objetivo aumentar o emprego e o investimento na produção de aço verde. Estas alterações surgem numa altura em que a indústria siderúrgica da UE enfrenta uma pressão intensa devido ao excesso de capacidade a nível mundial, ao aumento das exportações da China e ao aumento das barreiras comerciais em mercados-chave como os EUA. A decisão da Comissão vem na sequência de um inquérito de reexame solicitado por 13 Estados-Membros da UE, que concluiu que a situação da indústria estava a piorar devido ao aumento das pressões sobre as importações e à diminuição da procura. A maioria dos ajustamentos entrou em vigor em 1 de abril de 2025, com dois a entrarem em vigor em 1 de julho de 2025 (o ritmo mais lento da liberalização e a eliminação do reporte de volumes não utilizados em determinadas categorias). A alteração da salvaguarda não tem impacto na sua duração - caducará legalmente em 30 de junho de 2026.

14 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.INTERMETAL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER UE regista défice de 11,1 mil milhões de euros em alumínio Transição energética e digital marcam estreia da INcatim Conference 2025 A primeira edição da INcatim Conference, realizada pelo CATIM a 27 de março no Porto, afirmou-se como um novo ponto de encontro para a reflexão sobre os caminhos da indústria portuguesa rumo à transição verde e digital. Sob o lema ‘Um Compromisso com a Dupla Transição da Indústria’, o evento reuniu especialistas, empresas e decisores estratégicos para debater oportunidades e desafios num setor em transformação. Em 2024, a UE importou 29,5 mil milhões de euros de alumínio e artigos conexos e exportou 18,4 mil milhões de euros, o que resultou num défice comercial de 11,1 mil milhões de euros. Em comparação com 2019, as importações de alumínio aumentaram 29,9 % (+6,8 mil milhões de euros) e as exportações aumentaram 21,3 % (+3,2 mil milhões de euros). Estes aumentos monetários ocorreram apesar de uma diminuição do peso físico das exportações em 1,7% e das importações em 6,2%, sugerindo que o aumento do valor foi principalmente impulsionado pelo aumento dos preços. Em 2024, a Noruega e a China foram os maiores parceiros da UE na importação de alumínio e respetivos artigos, com importações no valor de 4,4 mil milhões de euros (15,0 % do total das importações) e 3,9 mil milhões de euros (13,1 %), respetivamente. Seguiram-se a Turquia (2,8 mil milhões de euros; 9,4%), a Islândia (2,1 mil milhões de euros; 7,3%) e a Suíça (1,7 mil milhões de euros; 5,8%). Entre estes cinco principais países, as importações (em valor) da Islândia mais do que duplicaram (+104,9%) em comparação com 2019 e, no caso da Turquia, quase duplicaram (+95,4%). Quanto às exportações, o Reino Unido liderou a lista com 3,7 mil milhões de euros de alumínio (19,9% do total das exportações), seguido dos Estados Unidos, com 2,6 mil milhões de euros (14,1%) e da Suíça, com 2,4 mil milhões de euros (12,8%). A Turquia ocupou o 4º lugar com 0,9 mil milhões de euros (5,0%) e a Índia o 5º lugar com 0,8 mil milhões de euros (4,5%). Entre este grupo, as exportações para a Índia (+135,6%) e para a Turquia (+66,7%) foram as que mais aumentaram desde 2019. A conferência assinalou também o encerramento oficial do projeto MissãoINcatim, cofinanciado pelo PRR, cujo foco esteve na capacitação tecnológica e sustentável da indústria. Vânia Pacheco, do CATIM, destacou os resultados alcançados, com impacto positivo visível em várias empresas. O painel central, 'Dois Caminhos, Um Futuro’, moderado por representantes do CATIM e da AIMMAP, promoveu um debate sobre a integração entre digitalização e sustentabilidade, com intervenções de nomes ligados à inovação industrial, como Infinite Foundry, Lingote Alumínios, INESC TEC e INEGI. Pedro Machado, da NOS, foi o keynote speaker e abordou os desafios da transformação digital no setor industrial. O encerramento ficou a cargo de João Ferreira, da ANI, que sublinhou o papel essencial dos Centros de Tecnologia e Inovação, como o CATIM, na ligação entre ciência, tecnologia e indústria. O evento proporcionou ainda momentos de networking e uma visita à exposição ‘Dinheiro e Transportes’. A INcatim Conference passa agora a ter carácter anual, prevendo- -se uma edição especial em 2026, ano que marca o 40.º aniversário do CATIM.

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18 FEIRAS 50 ANOS DE EMO: UMA HISTÓRIA DE SUCESSO A EMO TEM VINDO A EVOLUIR DE FORMA CONSTANTE PARA SE TORNAR A PRINCIPAL FEIRA MUNDIAL DE TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO No dia 1 de agosto de 2024, o envio dos documentos de registo para a EMO Hannover 2025 marcou o início de um evento muito especial. A principal feira mundial de tecnologia de produção, que terá lugar de 22 a 26 de setembro, celebra um aniversário importante. “Há meio século que a EMO reúne as pessoas certas no sítio certo e na altura certa”, sublinha Carl Martin Welcker, comissário-geral da EMO. “É o evento mais importante de 2025 para a comunidade metalúrgica internacional.” Christian Mannigel, jornalista especializado, Handeloh, Alemanha Sob o lema 'Innovate manufacturing', a EMO abrange toda a cadeia de valor da indústria metalúrgica. Isto inclui máquinas-ferramenta, sistemas de fabrico, ferramentas de precisão, fluxo de material automatizado, tecnologias de informação, eletrónica industrial e acessórios. “A EMO, enquanto principal interface entre a indústria e a tecnologia de produção, representa a inovação, a internacionalidade, a inspiração e o futuro da metalurgia”, explica Markus Heering, diretor-geral da VDW (Associação dos Construtores Alemães de Máquinas-Ferramenta), organizadora da feira. Exclusivamente reservada a expositores fabricantes, a EMO tornou-se o principal evento para a promoção de novos produtos, soluções de fabrico e serviços à escala global. Em 2023, o certame contou com expositores de 45 países e visitantes profissionais de cerca de 140 países. A EMO é também sinónimo de inspiração, uma vez que reflete a gama internacional de tecnologia de fabrico como nenhum outro centro de feiras e concentra-se nas suas principais tendências. Neste sentido, aponta também o caminho para o futuro da produção industrial. O comissário-geral Welcker, que tem vindo a promover este grande evento desde 2012, está convencido de que “a EMO foi, é e continuará a ser 'a' plataforma para a indústria inspirar clientes, expandir a sua própria rede e, claro, fazer negócios”. A feira já tinha esta aspiração há 50 anos, quando foi lançada pela organização europeia de cúpula da indústria de máquinas-ferramenta, Cecimo, numa fase económica difícil, com uma participação substancial da VDW. O serviço postal francês emitiu um selo especial por ocasião da primeira EMO, realizada em Paris, em 1975. Este selo sublinhava a importância do certame, que viria a tornar-se a principal feira internacional do setor. O nome já dizia tudo, porque pela primeira vez também estavam presentes empresas de outros continentes. Foto: VDW.

19 FEIRAS LANÇAMENTO DA EMO EM 1975, EM TEMPOS DE DIFICULDADES ECONÓMICAS Nos anos 70, a economia mundial tinha perdido dinamismo devido a perturbações estruturais. A inflação elevada, as altas taxas de juro e o aumento do desemprego conduziram a uma clara depressão e estagflação, ou seja, ausência de crescimento ou baixo crescimento combinado com aumentos acentuados dos preços. Alguns setores da economia esperavam uma recuperação através da inovação e do consequente aumento do rácio de investimento. No entanto, a indústria das máquinas-ferramenta, então como agora sinónimo de bens de equipamento sofisticados e mais apta a responder a estas exigências, encontrava-se - tal como a maioria das áreas da engenharia mecânica - numa situação delicada. Apesar desta situação crítica, as associações industriais europeias e nacionais mantiveram a sua decisão de longa data de lançar a primeira ronda de feiras EMO. Em 1975, ano em que terminou a guerra do Vietname e foi adotado o acordo da CSCE, realizou-se a primeira EMO em Paris. Para além dos expositores predominantemente da Europa Ocidental, estavam representados 114 fabricantes da Europa Oriental e de outras partes do mundo. PELA PRIMEIRA VEZ, EXPOSITORES DE OUTROS CONTINENTES Anova feira tinha a particularidade de contar com expositores de outros continentes, além da Europa. O certame foi precedido de um intenso e longo debate sobre a abertura da EEMO, a ‘Exposition Européenne de Machines-Outils’ (Exposição Europeia de Máquinas-Ferramenta), um evento que era organizado desde 1951 com participação exclusivamente europeia. Nessa altura, a VDW defendeu fortemente uma maior internacionalização do salão e acabou por acordar com a Cecimo a admissão de expositores de A segunda EMO teve lugar em Hannover, em 1977, e fez assim a sua estreia na Alemanha. O número de empresas e a área de exposição aumentaram consideravelmente em relação à primeira edição, em Paris. Os expositores provinham agora de 27 países e a EMO estava a tornar-se cada vez mais internacional. Foto: VDW. Os produtos expostos na primeira EMO na Alemanha atraíram muita atenção. Não se tratava apenas de máquinas-ferramenta impressionantes, mas, como sublinhou o então comissário-geral da EMO, Markus von Busse, de uma tendência em rápido crescimento para sistemas completos e, por conseguinte, para soluções de problemas. Foto: VDW.

20 FEIRAS outras partes do mundo. Seguiu-se a mudança de nome e o lançamento da feira como 'Exposition Mondiale de la Machine-Outil' (Exposição Mundial de Máquinas-Ferramenta), abreviada para EMO. A escolha do local da feira foi também objeto de discussão prévia. Enquanto a sequência original era 'Paris - Hannover - Milão - Hannover', desde 2005 que a feira se tem realizado de dois em dois anos, no ciclo 'Hannover - Hannover - Milão'. A feira fez a sua estreia na Alemanha em 1977. Enquanto na primeira edição, realizada dois anos antes, cerca de 1.400 expositores de todo o mundo estavam distribuídos por 94 mil m2 de espaço líquido de exposição, na segunda edição, em Hannover, o número de expositores aumentou para 1.600 num espaço líquido de exposição de quase 117 mil m2. Este facto foi acompanhado por uma internacionalização crescente. Expositores de 27 países, principalmente dos EUA e do Japão, bem como de mercados emergentes, apresentaram as suas inovações ao lado de países da Europa Oriental e Ocidental. “O que as empresas dos 13 países que são agora membros do Comité Europeu - bem como cinco países da Europa de Leste, empresas da América e, cada vez mais, países da Ásia e do Médio Oriente - estão a mostrar aqui em Hannover é praticamente a indústria mundial de máquinas-ferramenta”, sublinhou Markus von Busse, então comissário-geral da EMO, na abertura da primeira feira realizada na Alemanha. Também sublinhou que “estas empresas não estão apenas a fornecer máquinas-ferramenta, estão cada vez mais a fornecer soluções para problemas: sistemas completos”. CRESCIMENTO CONTÍNUO NOS ANOS SEGUINTES Esta tendência continuou a consolidar- -se. Quatro anos após a primeira EMO Hannover, a feira voltou a atrair um número recorde de visitantes. Em 1981, já 1.845 expositores ocupavam mais de 140 mil m2 com os seus stands. Entre eles estavam 234 empresas de 21 países fora da Europa Ocidental. Não havia praticamente nenhum país que não tivesse abordagens relevantes para o fabrico de máquinas para trabalhar metais. Quatro anos mais tarde, a EMO 1985 em Hannover cresceu ainda mais para uma área de exposição de cerca de 160 mil m2. Cerca de metade do espaço foi ocupado por empresas alemãs. O desenvolvimento positivo da principal feira mundial de tecnologia de produção continua até aos dias de hoje. Na última EMO, realizada em 2023, em Hannover, cerca de 1.850 expositores mostraram os seus produtos em 15 pavilhões com 235 mil m2. Cerca de 70 por cento das empresas vieram de 45 países diferentes, incluindo China, Itália, Suíça e Japão. Para além disso, cerca de um terço dos aproximadamente 92 mil visitantes profissionais vieram da Ásia. Após um hiato de quatro anos devido à pandemia de covid-19, a feira ofereceu-lhes a oportunidade de ver inovações técnicas de topo. “Vimos aqui tudo o que irá moldar o futuro da produção: novas soluções para a automação, para a ligação em rede das fábricas e para a sustentabilidade da produção”, resumiu o comissário-geral da EMO no final da feira. Welcker acrescentou que, apesar da situação económica tensa, o ambiente durante o certame era positivo. CONFIANÇA PARA A EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO Este é também o objetivo para a EMO 2025. A feira que este ano celebra cinco décadas de vida promete oferecer as respostas certas a todas as questões relacionadas com a tecnologia de produção. O foco estará na automação, na sustentabilidade e na digitalização. Welcker acredita que “a participação na EMO é uma obrigação para todos os principais ‘players’ da indústria metalúrgica, porque é aqui que o ‘quem é quem’ da indústria vai estar em exposição”. Neste sentido, a feira líder mundial é o lugar para estar, pois nenhuma outra feira no mundo reúne tantos especialistas em produção do lado do fabricante e do lado do utilizador, num só lugar. n Uma multidão em frente a uma máquina-ferramenta na EMO 1985, em Hannover. Nesta edição, fabricantes de todo o mundo apresentaram os seus produtos em 158 mil m2 de área de exposição. Foto: VDW.

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22 DIOGO BARBOSA, DIRETOR-GERAL DA EXPONOR “O percurso da EMAF marca a indústria metalomecânica portuguesa e acompanha a evolução do setor” Luísa Santos A celebrar este ano a vigésima edição, a EMAF é um caso de sucesso no panorama das feiras industriais ibéricas, como denota a lista de espera que deixou de fora muitos expositores interessados. Diogo Barbosa, diretor-geral da Exponor, organizadora do certame, analisa a evolução da feira desde os primeiros anos até à atualidade e levanta o véu sobre algumas novidades desta edição, que decorre de 27 a 30 de maio. Em que ano se realizou a primeira edição da EMAF e de quem partiu a iniciativa? A primeira edição aconteceu em 1968, com o nome de Exposição Internacional de Máquinas e Ferramentas. Esta iniciativa partiu da AIP – Associação Industrial Portuense (atualmente, AEP) e do CIMAF - Centro de Cooperação dos Industriais de Máquinas e Ferramentas. A exposição realizou-se no então Pavilhão dos Desportos, atualmente Super-Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, conhecido entre os portuenses como o Palácio de Cristal. No entanto, só em 1982 tivemos uma feira com uma cadência regular de quatro em quatro anos. A partir de 1998, o certame assumiu um carácter bienal que se mantém até hoje.

23 Que razões estiveram na génese da feira e a que mercados se destinava inicialmente? Na génese da EMAF esteve, certamente, a necessidade do setor industrial português se mostrar ao mercado internacional. Daí o nome contar com a designação de ‘Internacional’ no descritivo. Simultaneamente, houve também a necessidade de proporcionar ao tecido empresarial nacional um espaço de contacto direto com as mais recentes soluções em máquinas, equipamentos e tecnologias para a indústria transformadora e metalomecânica, permitindo assim acelerar a sua competitividade e capacidade produtiva. A EMAF foi, gradualmente, alargando o âmbito atuação, ao ponto de passar a incluir todo o tipo de máquinas e equipamentos de uso industrial. Como é que aconteceu esta evolução? Foi consequência da procura do mercado? Sim, ao longo dos anos, a EMAF seguiu um percurso evolutivo de acordo com o mercado. Gradualmente, ampliou a sua área de influência para incluir todo o tipo de máquinas e equipamentos de uso industrial. Alias, antes de existir a EMAF, a AEP/Exponor já contava com uma feira de metalomecânica e outra de manutenção industrial. Esta evolução foi uma combinação de fatores: tanto uma estratégia intencional de diversificação para atender a uma gama mais ampla de necessidades industriais, quanto uma resposta à crescente procura do mercado por soluções mais abrangentes e integradas. Passadas 20 edições, como avalia o percurso do certame até à data? O percurso da EMAF até à data é, sem dúvida, um percurso de sucesso, que marca a indústria metalomecânica portuguesa e que acompanha a evolução do setor. Ao longo das várias edições, a feira manteve sempre um número de expositores estável. Por exemplo, nas últimas 12 edições, apenas quatro ficaram abaixo dos 20 mil m2 de ocupação, sendo que duas delas aconteceram a seguir à pandemia, numa altura que ainda se faziam sentir os efeitos da mesma. A primeira edição do evento paralelo ‘Future Summit’ é dedicada ao futuro da indústria da defesa

24 Este crescimento representa, de alguma forma, a evolução da indústria nacional? Em que medida? É difícil poder afirmar que há uma correlação entre a evolução da indústria metalomecânica nacional e a EMAF, até porque a feira se encontra sempre esgotada e, como tal, já não tem mais capacidade de crescimento em termos de espaço ocupado. Mesmo que a indústria cresça, a EMAF não consegue crescer mais em espaço a não ser que se criem novos espaços de exposição. O que podemos afirmar, sem dúvida, é que é uma feira representativa do mercado nacional e ibérico. Quantos expositores terá a edição de 2025? Este ano contamos com cerca de 415 expositores. Que áreas estarão representadas na feira? Os visitantes vão poder encontrar soluções das seguintes áreas: máquinas-ferramentas; moldes; manutenção industrial; fundição e sinterização; limpeza industrial; logística e transporte; química e laboratórios; plásticos e borrachas; instrumentação, automação e controlo; robótica e informática aplicada à indústria; produtos de metalurgia e metalomecânica; produtos, serviços e equipamentos de segurança; subcontratação; entre outros. Alguma delas se destaca em termos de área expositiva ocupada ou de número de expositores? Embora todos os setores sejam importantes, podemos destacar o setor de máquinas e ferramentas, que conta com expositores das principais empresas nacionais com atuação global, além das principais marcas internacionais. Têm previstas outras atividades paralelas ao certame? Nesta edição temos previstas várias atividades de apoio à exposição, com especial destaque para a primeira edição do Future Summit, um evento organizado pela AEP e que irá incidir sobre o futuro da indústria da defesa. Além disso, iremos contar todos os dias com seminários e conferencias no nosso Centro de Negócios, bem como com seis programas individuais de empresas e instituições. A par disto, num ambiente mais informal e de networking, teremos também um jantar no Porto de Cruzeiros. O facto de as últimas edições terem tido lista de espera demonstra que a EMAF já se consolidou como um ponto de encontro verdadeiramente internacional. Está nos vossos planos dar um passo adicional e, por exemplo, ampliar/atualizar o espaço de exposição? Nesta fase não. Temos algumas atividades previstas no exterior, que ao sair do espaço coberto podem libertar algum espaço para mais expositores, mas a ampliação do espaço não está prevista. As obras de reabilitação da Exponor, anunciadas recentemente, vão ter algum impacto na periodicidade desta feira? Qual é o período previsto para realização destas obras? Este tema é da exclusiva responsabilidade do Conselho de Administração da AEP. Em suma, como é que se prevê que a EMAF evolua nos próximos anos? Prevê-se que, nas próximas edições, a EMAF se mantenha com elevada participação e que atraia empresas inovadoras de uma indústria que continua em crescimento. Será sempre a feira ibérica de referência neste setor. n FUTURE SUMMIT ACONTECE A 28 DE MAIO A conferência ‘Future Summit’, organizada pela AEP, conta com a participação da AIMMAP e do CEIIA. Irá decorrer no segundo dia da EMAF, no Grande Auditório da Exponor, e tem como objetivo ajudar a desenvolver a indústria de defesa nacional. A participação é gratuita, mas de inscrição obrigatória através do site da Exponor: https://emaf.exponor. pt/visitante/future-summit/

A solução vencedora pemamek.com Para as empresas da indústria pesada, a solução vencedora é a estação PEMA e o software WeldControl 300 Offline. Esta solução inteligente, equipada com funções automatizadas, simplifica e agiliza o trabalho dos operadores. O software oferece: • Flexibilidade e facilidade de uso com a programação offline • PathPlanner para trajetórias robóticas sem colisões com apenas um clique • Funções Laser Scan/AutoScan PEMAMEK THE WELDING AUTOMATION COMPANY Assista ao vídeo para conhecer a solução.

26 EMAF 2025: conheça as novidades dos expositores Realizada pela primeira vez em 1968, a EMAF - Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria - evoluiu para se tornar numa verdadeira montra da indústria ibérica. Inicialmente dedicada apenas às máquinas e ferramentas, o evento atrai atualmente fornecedores de todo o tipo de equipamentos de uso industrial, dos motores às impressoras 3D, passando pelos robôs, componentes normalizados, lubrificantes, ventiladores industriais e muito, muito mais. Neste artigo, revelamos apenas algumas das novidades que vai poder ver na Exponor, de 27 a 30 de maio. ALBIPACK [Pavilhão 4, Stand C30] No stand da Albipack, empresa com 25 anos de experiência na comercialização de máquinas de embalagem, vai poder ver um equipamento Flowpack de última geração, um robô paletizador desenhado para máxima versatilidade e uma linha de enchimento para frascos pensada para acelerar e simplificar processos. Em destaque estará também uma linha dedicada ao embalamento de produtos em pó ou de pequenas dimensões em sacos Doypack, equipada com sistema de pesagem e etiquetagem integrado. Uma solução completa, ideal para responder às exigências de diferentes setores industriais que procuram elevar a produtividade e otimizar os seus processos de forma contínua. AMOB [Pavilhão 2, Stand A06] A AMOB volta a participar na EMAF com uma máquina de curvar tubo totalmente elétrica. Desta vez, a estrela da exposição será a eMOB 63 2 Bend, preparada para processar tubos de até 63mm de diâmetro externo, com capacidade de multi-stack e mudança da direção da curvatura graças à cabeça rotativa instalada. Esta máquina faz parte da série eMOB 2 Bend, que se destaca por conseguir uma curvatura esquerda/direita em ciclo, com suporte de bico de pato que permite executar curvas com qualidade e precisão em tubos com raios mais apertados e rácios de diâmetro/espessura mais elevados. Além disso, com estes equipamentos é possível curvar raios fixos e variáveis dentro do mesmo ciclo e produzir de peças com curvas sem partes retas entre elas. O booster possibilita a realização de curvas com raios apertados como 1D, e reduz as marcas causadas pela mordaça. Além disso, a máquina facilita a compensação automática da elasticidade do tubo, bem como a correção ‘em ciclo’, armazena a configuração e as posições A Albipack vai expor uma máquina Flowpack de última geração.

27 das ferramentas, executa anti-colisão, e interpola todos os 11 eixos. BLASQEM [Pavilhão 4, Stand E34] A VertiDrive é a mais recente representada da Blasqem e será apresentada pela primeira vez ao mercado português na EMAF 2025. Esta parceria traz a Portugal e Espanha uma nova geração de soluções robóticas magnéticas, desenhadas para a limpeza e preparação de superfícies metálicas de grande escala. Os robôs magnéticos da VertiDrive operam em superfícies verticais e horizontais, aderindo magneticamente às estruturas metálicas. Este conceito inovador permite reduzir drasticamente a exposição dos operadores a ambientes perigosos, eliminando a necessidade de andaimes ou plataformas elevatórias, tornando as operações de jateamento difíceis em tarefas controladas a partir do solo. Em destaque na feira estará a série VertiDrive V700, uma solução avançada para jateamento e hidrodecapagem de alta pressão, com capacidade para operar com diferentes tipos de abrasivos e fluxos de água de alta pressão (até 3000 bar), conforme a necessidade de cada projeto. Robusto e versátil, o V700 é ideal para a preparação de superfícies em tanques de armazenamento, cascos de navios, estruturas offshore e instalações industriais pesadas. BRISKFIL [Pavilhão 3, Stand 29] A Briskfil, empresa pioneira em Portugal na conceção, dimensionamento, projeto de engenharia e instalação de centrais de produção on-site de gases industriais e medicinais, vai apresentar na Exponor soluções tecnológicas inovadoras que simplificam e otimizam o uso de gases em diversos setores - da indústria metalomecânica à farmacêutica, passando pelas áreas alimentar, química e eletrónica. O compromisso da Briskfil passa por permitir que os clientes tenham produção própria dos gases que utilizam, como azoto, oxigénio, hidrogénio e ar comprimido, promovendo a eficiência, a autonomia e a sustentabilidade, enquanto reduzem os custos e a dependência de fornecimentos externos. De 27 a 30 de maio, a empresa irá expor, entre outros produtos e serviços, o equipamento Booster Briskfil Indy VII, com capacidade até 40 bar, bem como os geradores de oxigénio e azoto de tecnologia PSA (Pressure Swing Adsorption), disponíveis nos modelos modulares e Twin Towers - ideais para diferentes escalas e aplicações industriais. A máquina de curvar tubo totalmente elétrica a eMOB 63 2 Bend vai estar em exibição no stand da AMOB. A série de robôs magnéticos VertiDrive V700 é uma das novidades no certame.

28 Além das restantes vantagens, a aposta na produção on-site contribui para diminuir a pegada carbónica, uma vez que reduz significativamente a necessidade de transporte e armazenamento de gases. CONTIMETRA [Stand G624] A Contimetra prepara-se para apresentar na EMAF uma nova gama de adesivos da Henkel, sem hidroquinona e MMBP, que mantém as principais propriedades dos adesivos instantâneos Loctite: tempos de fixação rápidos, alta resistência mecânica, versatilidade para aderir materiais diferentes e resistência química. Em exposição estará também a nova série de sprays de zinco para proteção de longa duração contra a corrosão, da OKS. Em comparação com os produtos anteriores e outros comparáveis no mercado, a nova gama oferece uma melhoria significativa, duplicando ou mesmo triplicando a proteção contra a corrosão. Ao prescindir de solventes aromáticos como o tolueno ou xileno, esta linha garante a segurança dos utilizadores. Destaque ainda para as novas válvulas da Gemü de construção modular e flexível, e para a gama de Sondas de Temperatura da DTS, para aplicações industriais. DEIBAR [Pavilhão 2, Stand B08] A Deibar apresenta-se na EMAF com um stand de 384 m2, o maior de sempre até à data, onde os visitantes vão poder conhecer de perto equipamentos de referência mundial, que representam o que há de mais avançado em torneamento, fresagem, retificação e eletroerosão. A estrela do stand será a fresadora de ponte Correa Fox 40, um equipamento de alto desempenho concebido para responder às aplicações mais exigentes da indústria metalomecânica pesada. A elevada rigidez estrutural, aliada a uma precisão dinâmica exímia, tornam esta fresadora ideal para trabalhos de grande dimensão, sendo especialmente indicada para setores como a fabricação de moldes e matrizes, indústria aeronáutica, aeroespacial e setores de energia eólica e nuclear. Será também apresentada a Sodick ALC600G iGE, um modelo de eletroerosão de fio que combina precisão extrema com eficiência energética. Equipada com motores lineares e um sistema de controlo inteligente de descarga elétrica, esta máquina garante cortes altamente estáveis e precisos, mesmo em geometrias mais complexas e em tolerâncias apertadas. A qualidade de acabamento, o baixo consumo do fio e a redução significativa dos tempos de maquinagem fazem da ALC600G iGE a escolha ideal para aplicações de alta exigência nos setores dos moldes e matrizes, dispositivos médicos, microcomponentes, entre outros. Destaque ainda para a Hermle C650U, um centro de fresagem a 5 eixos contínuos que integra tecnologia de ponta, reconhecido pela sua robustez, flexibilidade e alto desempenho, considerada pela Deibar “a solução ideal para operações de complexidade elevada, proporcionando uma área de trabalho generosa e precisão excecional”. A versatilidade e capacidade de adaptação, tornam-na uma escolha estratégica para setores mais exigentes, como o aeroespacial, automóvel, engenharia de precisão e moldes. Nova família OKS anti-corrosão. A fresadora de ponte Correa Fox 40 será o centro das atenções no stand da Deibar.

29 EPLAN | RITTAL [Galeria 5, Stand F08] Este ano, a Eplan e a Rittal participam no certame com um stand conjunto, onde os visitantes vão poder conhecer as mais recentes inovações em software de engenharia, armários e sistemas de automação industrial, demonstrando como a integração destas soluções contribui para a otimização dos processos produtivos no contexto da Indústria 4.0. Com a experiência única da Eplan em conjunto com a Rittal, a inteligência artificial torna-se tangível: combina-se hardware, software e sistemas de automação para criar soluções de ponta a ponta e utiliza-se a IA, que oferece aos clientes um verdadeiro valor acrescentado nos processos de engenharia. manuais dos nossos utilizadores. Para o próximo lançamento, por exemplo, melhorámos o processamento dos artigos, as visualizações na ferramenta 3D Pro Panel e a configuração da cablagem. Haverá também opções de pesquisa alargadas e um novo Centro de Download. Além disso, os visitantes poderão saber mais sobre com o E Electric P8, o Eplan Preplanning e o Eplan Pro Panel estão equipados de série com módulos adicionais”, refere Susana Fraga, diretora de Marketing da Eplan Portugal. ESSENTRA COMPONENTS [Stand G570] A Essentra Components vai aproveitar a EMAF para apresentar o seu novo catálogo, um guia de consulta rápida que inclui todos os mais recentes desenvolvimentos e linhas de produtos vendidos pela empresa. “Com este catálogo, estamos a expandir a nossa oferta de produtos para que possa encontrar tudo o que precisa num único local. Estamos empenhados em oferecer a melhor variedade e qualidade em componentes, facilitando assim o processo de compra do cliente e garantindo que atendemos a todas as suas necessidades”, assegura a empresa. FOLHADELA REBELO [Pavilhão 3, Stand A02] A Folhadela Rebelo, especialista em máquinas e equipamentos para transformação de plásticos, vai levar à EMAF dois exemplos de peças impressas em 3D numa máquina de fabrico aditivo ‘powerPrint’, da Krauss Maffei. Apta para imprimir peças de grande formato, esta máquina pode ser utilizada, por exemplo, para produzir pré-moldes de fundição injetada, de forma mais rápida e com menores custos que os processos tradicionais. Em exibição vão estar também os termorreguladores da Regloplas e os doseadores da Movacolor, ambas representadas em exclusividade pela empresa da Maia. Como complemento da sua atividade na indústria de plásticos, a Folhadela Rebelo assumiu recentemente a distribuição da Holland Colours (HCA), fabricante de corantes sólidos e líquidos de elevada qualidade, bem como de masterbatches de cor e aditivos para polímeros avançados. Os visitantes da EMAF vão poder debater com os especialistas da empresa as diversas possibilidades de aplicação destes produtos nos seus projetos. A IA oferece aos clientes da Eplan um verdadeiro valor acrescentado nos processos de engenharia. De salientar que a Eplan irá apresentar na feira a inovadora Plataforma Eplan 2026 que, para além de numerosos outros desenvolvimentos, também inclui uma interface padrão para sistemas ERP. Isto permite o intercâmbio contínuo entre dados de dispositivos e listas de materiais e a fácil ligação dos sistemas ERP ao Eplan. “Estamos constantemente a desenvolver o nosso software e a trabalhar sobretudo para simplificar as operações A Essentra Components vai apresentar na EMAF o seu novo catálogo. FUCHS [Pavilhão 5, Stand D01] Quem quiser conhecer as soluções Fuchs para a ‘Nova Mobilidade’, só tem de visitar o pavilhão 5 da EMAF. No stand D01, vai encontrar, além desA máquina ‘powerPrint’, da Krauss Maffei, pode ser utilizada, por exemplo, para produzir pré-moldes de fundição injetada.

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