Editorial da revista InterMetal n.º 24
Além do impacto económico, há a considerar o impacto que estes processos têm nas emissões de gases com efeito de estufa (GEE), razão pela qual este setor é um dos mais visados na agenda europeia para a descarbonização. Pela mesma razão, este tema merece especial destaque nesta edição da InterMetal. Leia, a este propósito, a opinião da ANEME, na página 18.
Mas, além de um desafio, esta necessidade de transição para energias de baixo carbono constitui também uma oportunidade, já que todas elas dependem de infraestruturas e componentes metálicos, alguns deles com bastante complexidade. Na página 20 desta revista, a consultora Yunit explica-nos como é que as empresas do setor podem tirar partido do novo Sistema de Incentivo à Transição Climática e Energética (SITCE), não só para diminuir as suas emissões de CO2, mas também para modernizar os seus equipamentos e desenvolver novos produtos e processos de fabrico, inclusive para o setor das renováveis.
Ainda no campo da sustentabilidade, nesta edição contamos-lhe o que vai mudar no setor da construção e o impacto que as novas regras, que deverão entrar em vigor já em 2026, vão ter nas empresas metalúrgicas e metalomecânicas que trabalham para esta área. Para ler na página 30. Divulgamos também um interessante projeto de economia circular levado a cabo pela Audi e mostramos-lhe a solução que a RODI encontrou para diminuir em três toneladas a quantidade de resíduos produzidos por ano na sua fábrica perto de Aveiro.
Se a sustentabilidade é uma preocupação crescente no setor, a competitividade é mais do que isso: é uma necessidade. O tema foi abordado por Jochen Köckler, presidente do Conselho de Administração da Deutsche Messe AG, na conferência de imprensa de apresentação da Hannover Messe 2025. O responsável identificou a IA como um dos principais motores para o crescimento da indústria europeia e convidou todos os interessados a visitar a feira de 31 de março a 4 de abril, já que este será um dos destaques da edição deste ano.
Aumentar a competitividade tem, naturalmente, de passar também pela eficácia e eficiência dos equipamentos. Entre os vários fornecedores de centros de maquinagem CNC, a principal tendência continua a ser a ‘multitarefa’, associada à automação, com a mínima intervenção humana. Em entrevista, Rui Borges, diretor de vendas da DMG MORI em Portugal, conta-nos as novidades da marca neste campo e destaca os setores aeronáutico, aeroespacial e da defesa, como os de “maior potencial de crescimento em Portugal”. Para ler na página 10.
Por fim, mas não menos importante, dedicamos um caderno desta edição aos equipamentos, técnicas e soluções de formação em soldadura, um processo essencial para uma grande variedade de segmentos da metalomecânica, inclusive, mais uma vez, para o das energias renováveis.
Boas leituras!
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