Exaustão localizada em aplicações industriais e laboratórios

Em Portugal, a legislação aplicável à exaustão localizada em ambientes industriais e laboratoriais está enquadrada na legislação europeia e nacional relativa à qualidade do ar e segurança no trabalho. O Decreto-Lei n.º 102-B/2020 estabelece regras sobre a proteção da saúde dos trabalhadores contra riscos associados a agentes químicos. O Regulamento Geral de Higiene e Segurança no Trabalho nos Estabelecimentos Industriais (Decreto-Lei n.º 243/86) também define normas sobre ventilação e controlo de poluentes.

Além disso, a Norma NP EN 689:2019 estabelece métodos para avaliar a exposição dos trabalhadores a agentes químicos através da inalação. Em laboratórios, a norma NP EN 14175 regula o desempenho e segurança das campânulas de exaustão.

• Processos industriais com emissões de fumos, poeiras ou vapores tóxicos;
• Manuseamento de substâncias químicas voláteis ou perigosas;
• Produção farmacêutica e alimentar;
• Ambientes de trabalho com altas concentrações de partículas suspensas.

O funcionamento da exaustão localizada baseia-se na criação de um fluxo de ar direcionado, que captura os poluentes na fonte de emissão e os transporta para um sistema de filtragem ou descarga. Os principais componentes incluem:

1. Captação: Pode ser feita através de braços articulados, campânulas, bancadas de exaustão ou outros dispositivos específicos, onde a Geovent tem uma gama adequada a cada aplicação.

2. Rede de condutas: Transporta os contaminantes capturados.

3. Sistema de filtragem: Dependendo do tipo de poluentes, podem ser utilizados filtros mecânicos, de carvão ativado, ciclones ou lavadores de gases.

4. Ventilador de exaustão: Garante o caudal de ar necessário para uma captura eficiente, podendo encontrar na Sodeca o ventilador que melhor se adapta às exigências do sistema.

5. Descarga do ar tratado: O ar pode ser libertado para o exterior ou interior, dependendo da legislação e do tipo de contaminantes.

A velocidade de transporte de partículas no interior da conduta é um fator crítico para a eficiência do sistema de exaustão. Se a velocidade for insuficiente, as partículas podem sedimentar dentro da conduta, causando obstruções, corrosão e reduzindo a eficiência do sistema. Por outro lado, uma velocidade excessiva pode gerar perdas de carga desnecessárias e aumentar os custos energéticos.

Os valores recomendados para a velocidade do ar na conduta variam conforme o tipo de contaminantes transportados:

• Fumos e vapores: 10-15 m/s

• Poeiras leves (serradura, fibras): 15-20 m/s

• Poeiras pesadas (areias, partículas metálicas): 20-25 m/s

• Partículas abrasivas ou viscosas: > 25 m/s

Estes devem atender aos seguintes requisitos:

• Caudal de ar suficiente, dimensionado com base na natureza e concentração dos poluentes.
• Velocidade de captura ajustada, garantindo que os contaminantes são aspirados sem comprometer o desempenho do processo produtivo.
• Materiais de construção resistentes a agentes químicos ou temperaturas elevadas, conforme a aplicação.
• Sistemas de filtragem apropriados, conforme os poluentes presentes.
• Facilidade de manutenção e limpeza, garantindo a durabilidade do sistema.

A implementação de sistemas de exaustão localizada é essencial para a segurança dos trabalhadores e a conformidade legal em ambientes industriais e laboratoriais. Com a evolução das regulamentações e das tecnologias de filtragem e ventilação, torna-se cada vez mais viável garantir um ambiente de trabalho seguro e eficiente, minimizando os impactos ambientais e de saúde pública.