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Universidade de Coimbra aposta na regeneração de óleos lubrificantes usados através de CO2 de instalações industriais

03/06/2024

Um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver uma tecnologia sustentável para a regeneração de óleos lubrificantes usados, através de dióxido de carbono de instalações industriais.

O projeto Regeneration of used lubricant oil by supercritical CO2 – a process towards circular economy and environmental health (NeWLOife), um dos vencedores da 4.ª edição dos Prémios Semente de Investigação Científica Interdisciplinar da Universidade de Coimbra, está a ser desenvolvido em parceria com a Sogilub – Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Lda. e pretende reduzir o elevado impacto ambiental dos óleos lubrificantes usados e criar um produto de alta qualidade capaz de ser reintroduzido no seu ciclo de vida útil.

Equipamento utilizado para a regeneração do óleo
Equipamento utilizado para a regeneração do óleo

“Os óleos lubrificantes usados são altamente poluentes, mas podem ser também um recurso, uma vez que são derivados do petróleo. Ou seja, se tivermos a possibilidade de regenerar eficazmente aquele que já existe em vez de utilizar óleo novo, é, naturalmente, uma mais valia. Se, adicionalmente, pudermos aproveitar o dióxido de carbono das indústrias para o processo de regeneração, podemos atingir uma pegada negativa”, acredita Cecília Santos, investigadora do Departamento de Química da FCTUC e coordenadora do projeto.

Assim, “a ideia é limpar os óleos usados através do uso de dióxido de carbono supercrítico e reintroduzi-los no ciclo de vida. A utilização de CO2 como solvente não só tem o potencial de ser uma tecnologia mais limpa e mais económica, sem produtos secundários, como pode ajudar a capturar dióxido de carbono de instalações industriais”, garante a investigadora.

Sofia Jerónimo, estudante de Química
Sofia Jerónimo, estudante de Química.

Os resultados obtidos são bastante promissores e mostram que esta tecnologia pode trazer diversas vantagens a vários níveis, mas em particular para o meio ambiente, quando comparada com as já existentes. Neste momento, estão ainda a decorrer alguns estudos ao nível da composição química do óleo regenerado, mas o passo seguinte é a otimização do processo.

De acordo com a Química, esta tecnologia tem duas particularidades que a diferenciam das restantes: “pode ser autossustentada, o que terá impacto económico, ao reaproveitar CO2 e direcionar os contaminantes dos óleos para outras indústrias; e é menos poluente, os processos que existem atualmente utilizam solventes, gerando resíduos ainda mais contaminantes do que o próprio óleo usado”.

Da esquerda para a direita - óleo antes e após regeneração
Da esquerda para a direita - óleo antes e após regeneração.

“Temos aqui vantagens claras e estamos no ponto do projeto em que já temos evidencias de que o processo é viável e tem um bom rendimento. É ainda necessário otimizar, melhorando as condições experimentais para conseguirmos uma maior quantidade de óleo e com melhor qualidade”, conclui

Futuramente, o objetivo é que este projeto tenha um foco mais alargado, nomeadamente em relação à aplicação dos resíduos contaminantes do óleo e a possível integração na indústria do asfalto.

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