“Pelo terceiro mês consecutivo, as vendas do Metal Portugal ao exterior ultrapassaram o limiar dos 2.000 milhões de euros, revelando, uma vez mais, números verdadeiramente notáveis”, avança a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em comunicado.
De acordo com a associação, “depois de 2.135 milhões em maio e de 2.150 milhões em junho, no mês de julho o Metal Portugal exportou 2.073 milhões de euros, o que traduziu um crescimento de 19,2% face ao mesmo mês do ano anterior, entrando assim para o `top 3` de melhores meses de sempre”.
Em termos acumulados, nos primeiros sete meses do ano o setor exportou 13.593 milhões de euros, o que representa um crescimento de 14,8% face ao período homólogo de 2021.
Segundo a AIMMAP, este crescimento tem sido “mais acentuado” nas vendas para países da União Europeia (UE), que cresceram 16,9% (de 8.951 milhões de euros para 10.462 milhões de euros).
No que se refere às vendas para fora da UE, “foi consolidada a tendência já evidenciada no mês anterior, com uma aceleração do crescimento, o qual, face ao período homólogo, é já de 8,3% (de 2.891 milhões de euros para 3.131 milhões)”.
Neste período acumulado de sete meses, os principais mercados do Metal Portugal — Espanha, França e Alemanha — registaram um crescimento de, respetivamente, 9,9%, 11,3% e 27,5%. Já o mercado dos EUA, onde a AIMMAP e as suas empresas dizem estar “a investir fortemente”, cresceu 74,6%.
No que se refere a outros mercados em que a AIMMAP e as suas empresas têm igualmente investido em ações de promoção, a associação destaca como continuando “a merecer menção” a Suécia e os Países Baixos, com crescimentos homólogos de, respetivamente, 39% e 27,4%.
Citado no comunicado, o vice-presidente executivo da AIMMAP considera que “estes números refletem a excelência das empresas do Metal Portugal”, mas lembra que “a economia mundial está a ser assolada por inúmeras dificuldades e vicissitudes, nomeadamente na logística, energia, combustíveis e recursos humanos”.
Neste contexto, Rafael Campos Pereira reitera “a necessidade de Portugal investir mais na sua economia, nomeadamente através do alívio da carga fiscal”: “Se estes notáveis resultados estão a ser atingidos num contexto de grandes dificuldades e poucos apoios, começa a ser inequívoco que, caso as nossas as empresas beneficiassem de condições semelhantes às dos seus concorrentes nos restantes países da União Europeia, a sua performance exportadora seria seguramente ainda melhor”, sustenta.
Para o dirigente associativo, “mais do que medidas conjunturais e de emergência, as empresas e as famílias portuguesas necessitam urgentemente de reformas estruturais”, sendo “inadiáveis” a redução do IRS, do IRC e do IVA.
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