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As nanotecnologias e a tecnologia 3D permitem a utilização segura e eficaz do cobre em instrumentos e vestuário hospitalar

Cobre: o antiviral que pode vir a fazer frente à Covid-19

08/04/2020

As propriedades antibacterianas, antivirais e antifúngicas do cobre poderiam fazer deste metal o melhor aliado da ciência e da tecnologia para lidar com a contagiosidade do vírus SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19. Uma equipa de investigadores de várias universidades chilenas, coordenada pelo Dr. Aarón Cortés, está a finalizar um estudo que pode provar a eficácia do cobre na eliminação do vírus. As nanopartículas e a tecnologia 3D de empresas como a Cooper 3D já permitem fabricar todo o tipo de materiais em fibra de cobre.

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Não é uma vacina, nem é a solução para a pandemia do coronavírus que já afeta mais de 170 países em todo o mundo, mas o cobre, como esta equipa de investigação chilena quer demonstrar, pode atacar a parte mais perigosa do SARS-CoV-2, que é a sua enorme capacidade de contágio. “O cobre ataca bactérias, fungos e vírus. Qualquer micróbio é afetado por este metal porque o que ele faz é quebrar a cápsula externa que todas as partículas virais têm, o que torna o vírus inativo e impede a sua reprodução”, explica Aarón Cortés, coordenador da equipa composta por investigadores da Universidade do Chile e da Universidade dos Andes, com o apoio do Instituto de Saúde Pública daquele país.

As propriedades antimicrobianas do cobre são muito poderosas, comparáveis apenas às do ouro e da prata, materiais muito mais caros para trabalhar em grande escala. No Chile, o maior produtor mundial de cobre, as suas propriedades já eram conhecidas antes da pandemia. De facto, as primeiras linhas de investigação surgiram na indústria mineira: “Os mineiros passam muitas horas por dia expostos a ambientes muito húmidos, o que faz com que muitos desenvolvam patologias e infeções nos pés. Para evitar este problema, foram fabricadas meias e roupa interior em fibra de cobre, o que teve um impacto muito significativo na melhoria destas patologias”, explica Cortés. Este material já demonstrou também ser eficaz contra outros vírus, como a gripe e o HIV.

Entretanto, graças ao advento da nanotecnologia e da tecnologia 3D, hoje é possível fazer muito mais. “Uma coisa que aprendemos no estudo sobre o efeito do cobre em termos antivirais é que quanto menores forem as partículas, maior será o efeito. Assim, a colocação de uma folha de cobre em instrumentos e acessórios hospitalares, corrimãos, transportes públicos, etc., é uma boa estratégia. Mas, se conseguirmos colocar nanopartículas de cobre noutros materiais, por exemplo, máscaras, o efeito é muito mais poderoso e muito mais rápido na inativação do vírus”, acrescenta.

É por isso que o projeto da empresa chilena Cooper 3D, uma referência mundial na criação de material antimicrobiano para impressão 3D, é tão promissor: máscaras reutilizáveis, laváveis e de baixo custo, impressas com material que contém nanopartículas de cobre, e cujo código foi aberto para poder ser descarregado por qualquer pessoa. Desde então, já foram feitos mais de 7 milhões de downloads (80% nos EUA e Europa). A empresa foi, inclusive, contactada por vários serviços de saúde em Espanha, Itália e França, bem como por estudantes de medicina de Harvard.

As máscaras da Cooper3D, impressas com um material composto por nanopartículas de cobre, são reutilizáveis, laváveis e de baixo custo...
As máscaras da Cooper3D, impressas com um material composto por nanopartículas de cobre, são reutilizáveis, laváveis e de baixo custo.
A grande vantagem que estas máscaras de liga de cobre poderiam ter é que desativariam o vírus à medida que este se deposita na sua superfície ou passa através dos seus filtros, como ficou demonstrado com a estirpe anterior, que foi efetivamente destruída em contacto com a máscara.

“Há literatura suficiente para indicar que o cobre pode inativar o vírus SARS-CoV-2”, acrescenta Cortés, evitando, no entanto, alimentar falsas expectativas. “Este vírus é muito semelhante ao anterior. De facto, existe apenas uma diferença genética de 20%, mas esta diferença pode causar-nos uma surpresa muito desagradável. Em comparação com a gripe, ou com o SARS-CoV-1, o novo coronavírus é menos virulento. A sua taxa de mortalidade é mais baixa, mas, porque infecta tantas pessoas, a incidência da morte é, em última análise, muito mais elevada. É essa diferença de 20% que faz com que este vírus seja mais contagioso”.

Até agora, ainda só foi publicado (no The New England Journal of Medicine) um estudo que testou a duração do SARS-CoV-2 numa superfície de cobre, especificamente numa folha deste material. E, de acordo com os responsáveis, o vírus pode lá permanecer até quatro horas. No entanto, diz Aarón Cortés, “o que queremos testar é quanto tempo demora a desaparecer o vírus das superfícies ou materiais que contêm nanopartículas de cobre. Neste caso, a inativação do vírus será certamente muito mais rápida”.

No Chile, existem já várias empresas que aproveitam as propriedades antimicrobianas do metal vermelho para fabricar vestuário desportivo e uniformes para mineiros, como a The Copper Company, ou mesmo vestuário para crianças e recém-nascidos, como a BabyCu. Mesmo antes da pandemia, o cobre já era utilizado no Chile em muitas superfícies hospitalares, tais como barras para camas, corrimãos e armários para armazenamento de instrumentos médicos. Entretanto, estão a ser incentivadas estratégias diferentes para aumentar a utilização do cobre. Com a atual pandemia global, “o que falta para dar o grande impulso e poder iniciar o desenvolvimento e produção em massa de materiais como máscaras ou vestuário hospitalar é ter finalmente aquele estudo que mostra que o SARS-CoV-2 morre rapidamente em contacto com o cobre”. E esse momento pode chegar dentro de apenas um mês ou um mês e meio, antes do início do inverno no hemisfério Sul.

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