BM8 - InterMetal

41 ESTAMPAGEM realizou um estudo pormenorizado no qual concluiu que são três os fatores principais que têm influência na sen- sibilidade à fricção de um processo, tratando-se: da complexidade da peça, do risco de falha e do tipo de material e espessura do mesmo. Quando se fala da complexidade da peça, significa que as geometrias maio- res e commaior número de detalhes mostrarão uma maior sensibilidade à fricção do que as de tamanho mais reduzido. Outro dos fatores estudados foi o tipo de material. Neste caso viu-se que os materiais de alta resistência revelammuitomenos sensibilidade do que aqueles que têm umas caracte- rísticas mecânicas inferiores. Por fim, o elemento que demonstrou ter uma maior influência foi o risco de falha. Isto quer dizer que em peças próximas da rutura ou nas quais, inclusivamente, ocorrem ruturas é onde a fricção tem uma maior influência. De salientar também que não têm de ser cumpridos os três fatores em simultâneo para que os processos revelem sensibilidade à fricção. Da mesma forma, pelo facto de se cum- prir um dos fatores, tal não significa que se esteja perante um processo sensível à fricção. O trabalho proposto pela Universidade de Mondragón não implica apenas a utilização de um sistema tribológico para um conjunto de ferramentas e procura ir um pouco mais além. Para isso, propõe-se utilizar diferentes siste- mas tribológicos para diferentes zonas de cada ferramenta. Sabe-se que os processos de fabrico das ferramen- tas geram diferentes rugosidades na superfície das mesmas, o que leva à existência de diferentes condições de fricção para as diferentes zonas e, por conseguinte, existirão diferentes sistemas tribológicos em convivência numa mesma ferramenta. Partindo desta premissa, o estudo tenta avaliar o efeito que tem numa simulação a implementação de diferentes condi- ções de fricção em diferentes áreas de uma mesma ferramenta. O primeiro passo foi a caracterização dos sistemas tribológicos. Para isso, foi utilizada uma ferramenta de refe- rência sobre a qual foram efetuadas múltiplas medições da topografia da superfície emmuitos pontos da ferra- menta com o objetivo de quantificar a rugosidade superficial. Estes tipos de medições costumam ser realizadas com resinas epóxi que têm a capaci- dade de copiar as superfícies a nível microscópico. Posteriormente, é feita uma medição microscópica da altura dos picos e vales dessa superfície. Segundo a zona da superfície da ferramenta foi feita uma divisão na qual foram consideradas diferen- tes zonas planas e vários raios. Esta Figura 2. Modelos topográficos de várias superfícies. Figura 3. Exemplo de divisão por zonas de uma ferramenta.

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