20 MOLDES E MATRIZES qualidade e a flexibilidade dos moldes portugueses, aliadas ao cumprimento das rigorosas normas europeias, têm permitido às empresas nacionais ganharem espaço neste mercado competitivo. A capacidade das empresas portuguesas em fornecer soluções de engenharia personalizadas tem consolidado a sua posição estratégica neste país. A Roménia, como um dos principais mercados emergentes, oferece ainda incentivos fiscais e políticas favoráveis ao investimento estrangeiro, bem como proximidade geográfica e vantagens comerciais dentro da União Europeia. Além da Roménia, mercados como a Polónia e a Eslováquia também registaram um aumento significativo nas importações de moldes portugueses, afirmando-se como destinos promissores para a diversificação das exportações. Igualmente a procura nos Estados Unidos e no México, que juntos representam 4% das exportações, tem crescido, com destaque para a qualidade e inovação oferecidas pelas empresas portuguesas. EXPANSÃO EM MERCADOS TRADICIONAIS Apesar das novas oportunidades, os mercados tradicionais continuam a desempenhar um papel importante para o setor de moldes em Portugal. Espanha, Alemanha e França continuam a ser os principais destinos das exportações nacionais, representando respetivamente, 21%, 16% e 15% das vendas em 2023. SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO COMO PILARES COMPETITIVOS A indústria de moldes em Portugal enfrenta atualmente o desafio de integrar práticas mais sustentáveis, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental. A transição para uma economia circular, onde se minimizam resíduos e se promove a reutilização de materiais, tornou-se uma prioridade para o setor. Neste sentido as empresas têm vindo a investir significativamente em Investigação e Desenvolvimento (I&D), com o foco na criação de materiais e métodos de produção mais eficientes e ecológicos. A digitalização e a inovação - pilares que distinguem a indústria de moldes em Portugal –, representam uma oportunidade crucial para aumentar a competitividade das empresas portuguesas no mercado global. Esta transformação tecnológica não só reduz custos e melhora a produtividade, como permite maior precisão e rapidez nos processos, oferecendo soluções personalizadas de alta qualidade aos clientes. O investimento contínuo em investigação e desenvolvimento (I&D) é também aqui fundamental para que as empresas respondam às exigências do mercado internacional, mantendo a elevada qualidade dos seus produtos. Ao mesmo tempo, a formação constante dos trabalhadores é uma prioridade estratégica, assegurando uma mão de obra qualificada para operar com as mais avançadas tecnologias e enfrentar os desafios da produção moderna. Esta aposta no desenvolvimento humano e tecnológico reforça a competitividade da indústria de moldes portuguesa a nível global. DESAFIOS FUTUROS A indústria de moldes em Portugal, com uma forte aposta na inovação, diversificação de mercados e soluções sustentáveis, está bem preparada para enfrentar os desafios vindouros. No entanto, o setor continua a enfrentar obstáculos que podem influenciar o seu crescimento a médio e longo prazo. A adaptação à economia circular, a necessidade de reduzir a pegada ambiental e a digitalização dos processos produtivos são áreas que exigem investimentos contínuos. Para além disso, a concorrência asiática, a instabilidade económica global, as tensões geopolíticas e a volatilidade dos preços das matérias-primas apresentam riscos adicionais. A capacidade de adaptação que as empresas têm demonstrado será fundamental para assegurar o sucesso contínuo deste setor estratégico. n
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