26 FABRICO ADITIVO a China e a Coreia do Sul representam 3,7% e 3,1%, respetivamente. Na Europa, a Alemanha emergiu como líder incontestável em matéria de inovação nas tecnologias de impressão 3D, representando 41% da quota dos Estados-Membros do IEP,) entre 2001 e 2020, com 6700 FPI. A França ocupa a segunda posição com uma quota de 12% (1938 FPI), seguida pelo Reino Unido (12%; 1925 FPI). Portugal foi responsável por 34 FPI neste período. Os pedidos de patentes portugueses em tecnologias de impressão 3D verificam-se principalmente no setor da medicina e da saúde, em particular na área dos implantes e próteses impressos em 3D (com 12 FPI nesse domínio, uma quota de 0,3% do total global), e em órgãos e tecidos artificiais (10 FPI, quota de 0,5%). PRINCIPAIS REQUERENTES: EUA, EUROPA E JAPÃO As empresas americanas, europeias e japonesas estão entre os principais requerentes de patentes de impressão 3D, com a General Electric, a Raytheon Technologies e a HP nos três primeiros lugares. A Siemens, na quarta posição, é o interveniente mais forte da Europa, com quase mil FPI. Embora a lista das principais empresas seja dominada por grandes empresas de engenharia de vários setores, o ecossistema da inovação em fabrico aditivo consiste em várias empresas especializadas em impressão 3D e num cenário promissor de start-ups, como evidenciado pela variedade de entidades mais pequenas observadas nas estatísticas do IEP. O PAPEL DAS UNIVERSIDADES E DOS INSTITUTOS DE INVESTIGAÇÃO As universidades e os organismos de investigação públicos (OIP) contribuem de forma significativa para a inovação na impressão 3D. Aproximadamente 12% das FPI de impressão 3D foram Top 20 de requerentes de patentes em tecnologias de impressão 3D, 2001–2020. registadas por universidades ou OIP, o que representa quase o dobro da sua quota habitual (7%). Por exemplo, uma em cada três FPI associadas ao desenvolvimento de biomateriais e uma em cada duas FPI de impressão 3D de órgãos e tecidos artificiais tem origem numa universidade ou OIP. Em Portugal, as universidades (Universidade de Coimbra, Universidade do Minho, Universidade Nova de Lisboa e Universidade do Porto) também dão um contributo importante para a impressão 3D, sendo muitas delas especializadas num determinado domínio desta tecnologia. UMA TECNOLOGIA QUE VEIO IMPULSIONAR UMA VARIEDADE CRESCENTE DE SETORES DA INDÚSTRIA O fabrico aditivo elimina as restrições técnicas tradicionais do processo de produção industrial, reduz o desperdício e abre caminho à personalização em massa. Tendo deixado de ser uma tecnologia de nicho, está a transformar o fabrico em cada vez mais indústrias. Desde 2010, os setores da saúde, da medicina e dos transportes atraíram a maioria das aplicações da impressão 3D. No entanto, à medida que a tecnologia se desenvolve numa variedade crescente de materiais, como os plásticos, metais, cerâmica e até células orgânicas, crescem as aplicações em setores como o das ferramentas, energia, moda, eletrónica, construção e até mesmo no alimentar. A investigação realizada pelo IEP, com base em dados de patentes, oferece uma visão geral das potenciais utilizações futuras da impressão 3D. Uma vez que as patentes são registadas meses ou até anos antes do aparecimento de quaisquer produtos no mercado, as informações sobre patentes podem indicar a direção que as tecnologias estão a seguir. Este relatório mostra a importância da impressão 3D para promover a inovação e a sustentabilidade em todos os setores à escala global. Surge na sequência da publicação do primeiro relatório do IEP sobre patentes e impressão 3D em julho de 2020, que se concentrou exclusivamente em patentes europeias. O mercado do fabrico aditivo registou um forte crescimento, tendo as receitas da indústria triplicado, de seis mil milhões de dólares em 2016 para 18 mil milhões de dólares (16,17 mil milhões de euros) em 2022, de acordo com estimativas da Wohlers Associates. Durante a pandemia, a impressão 3D desempenhou um papel fundamental na mudança para a produção local, reduzindo a dependência das cadeias de abastecimento internacionais. As previsões sugerem que o mercado poderia ultrapassar os 50 mil milhões de dólares até 2028. n
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