Jordi Aldea, Product Manager na MAQcenter
05/01/2022Para ter sucesso, antes de mais, é preciso eliminar o maior número possível de operações. Ter as ferramentas certas, quer sejam ferramentas de corte, a própria máquina e/ou software, são elementos necessários para a velocidade e precisão exigidas no mercado atual. Se conseguirmos tudo isto e, ao mesmo tempo, manter os processos em funcionamento sem supervisão, conseguimos também baixar os custos e aumentar a qualidade do produto que oferecemos ao cliente.
Em poucas palavras, quanto mais antiga for a tecnologia, mais trabalho manual é utilizado, o que, a longo prazo, custa mais dinheiro. Quer a mão-de-obra esteja em operação de máquina, operações secundárias como o polimento ou outro trabalho manual, a melhor forma de reduzir os custos e conseguir que a peça seja entregue mais rapidamente é reduzir o maior número possível de operações.
A tecnologia mais antiga refere-se a máquinas CNC que têm normalmente oito ou mais anos, com revoluções mais lentas e sem software na máquina para controlar a aceleração e desaceleração. Isto não significa que não existam máquinas novas que ainda utilizem esta tecnologia desatualizada. Fazer maquinações grandes e pesadas com taxas de avanço lentas era a norma há anos atrás. No entanto, fusos mais lentos com maior potência diminuem a vida útil das ferramentas e resultam num mau acabamento de superfície. Os porta-ferramentas de estilo mais antigo incluem sistemas de pinças ER e mandris com parafusos de ajuste. A excentricidade e o equilíbrio destes suportes não são benéficos nem para a vida útil da ferramenta nem para o acabamento superficial da peça.
É nesta fase que importa substituir aquele CNC desatualizado por um novo centro de maquinação com características que poupam custos operacionais através da utilização de trocadores de ferramentas, lasers de ferramentas e técnicas de corte adequadas, o que significa mais volume com o mesmo pessoal.
Num ambiente de produção típico, a justificação do custo por peça é bastante lógica: para produzir X peças, uma fábrica compra X equipamentos. Contudo, num ambiente de fabricação de moldes, este cálculo é muito mais difícil porque o produto final passa por muitas áreas diferentes em todo o chão de fábrica.
Se nos concentrarmos apenas na maquinação, a velocidade não é necessariamente rentável. Não são apenas as horas de máquina, mas todas as horas secundárias em operações como EDM ou polimento que precisam de ser contabilizadas. Ou seja, o verdadeiro custo de propriedade de uma máquina-ferramenta inclui também todas as operações secundárias necessárias para o fabrico do molde. Se as reduzirmos, estamos automaticamente a poupar dinheiro.
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